Portugal força “negra” mas cai no Europeu diante dos Países Baixos

A selecção acabou a perder por 3-2 nos oitavos-de-final do torneio, sobretudo por acção de Nimir, que entregou, quase sozinho, o jogo aos neerlandeses.

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O David esteve quase a abater o Golias, mas, no final, a lógica imperou. Portugal caiu neste domingo nos oitavos-de-final do Europeu de voleibol, na Polónia, mas forçou os poderosos Países Baixos a um quinto set.

Na primeira participação nacional nos “oitavos"Portugal acabou a perder por 3-2 (25-22, 22-25, 24-26, 25-20, 15-13) em Gdánsk, sobretudo porque havia na equipa adversária um jogador chamado Nimir Abdel-Aziz, que entregou, quase sozinho, o jogo aos neerlandeses: foram 37 pontos do “monstro” de 29 anos, mais do dobro do que o melhor marcador português, Alexandre Ferreira (16).

No final do jogo, Gijs Jorna, jogador dos Países Baixos, assumiu que Portugal forçou os neerlandeses a jogarem o pior voleibol que apresentaram neste Europeu, o que atesta a surpresa protagonizada pela selecção de Hugo Silva ao dar esta réplica.

No primeiro set, Portugal esteve em desvantagem durante quase todo o parcial, mas venceu oito dos últimos dez pontos, triunfando por 25-22. Miguel Rodrigues na distribuição e o veterano Hugo Gaspar no ataque estavam a encontrar soluções para “enganar” a 14.ª selecção do ranking.

No segundo parcial, Portugal só teve duas vantagens no marcador: 1-0 e 21-20. Andando quase sempre atrás, a equipa portuguesa acabou por não resistir ao poderoso holandês Nimir, cujos ataques começaram a entrar.

No terceiro set, a “sociedade” entre Tiago Violas e Alexandre Ferreira começou a dar mais frutos, com Alex a engordar a ficha pessoal com vários ataques de qualidade. Depois, entrou Filip Cveticanin ao serviço. Na defesa e no ataque, o central do Sp. Espinho fez a diferença e Portugal manteve o jogo equilibrado, tendo tido até bolas de set na parte final. Acabou por perder por 26-24.

No quarto set, Portugal foi bastante mais competente no capítulo defensivo, quer no bloco –  Cveticanin somou alguns importantes –, quer na eficácia da recepção. E esteve quase sempre na liderança do set, triunfando por 25-20. Parece ter havido indicações claras para tentar aproximar o bloco da zona de Nimir, limitando a eficácia do holandês – e “limitar” já é um feito e tanto.

Na “negra”, Portugal começou bem, mas os serviços errados de Alexandre Ferreira e André Lopes, bem como o menor acerto de Cveticanin, hipotecaram as vantagens. E do lado oposto havia Nimir, que não só disparava bombas no ataque como ainda condicionava Portugal com boas acções de bloco.

Com Portugal errático foi imperativo chamar Hugo Gaspar e Tiago Violas, dois dos mais experientes da equipa. A selecção estabilizou e evitou que o adversário embalasse no marcador, mas não havia nada a fazer. O “monstro” Nimir ainda tinha energia suficiente para decidir o jogo praticamente sozinho perante os impotentes portugueses. Acabou com 37 pontos.

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