Facebook e Ray-ban lançam óculos que filmam e tiram fotografias

O objectivo, diz Mark Zuckerberg, é ajudar as pessoas a “viver no momento” em vez de viverem com um telemóvel em frente à cara. Para já, os óculos não serão lançados em Portugal.

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Zuckerberg com os novos Ray-ban Stories DR

Esta quinta-feira, o Facebook e a Ray-Ban anunciaram um par óculos de sol que permite tirar fotografias, filmar vídeos até 30 segundos, atender chamadas e ouvir música. Para não invadir a privacidade de ninguém, uma luz na haste dos óculos ilumina-se sempre que o aparelho está a filmar ou tirar fotografias.

Por ora, os novos Ray-ban Stories só serão lançados dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Irlanda, Itália e Reino Unido. O preço ronda os 299 dólares (cerca de 250 euros). 

“Com os Ray-ban Stories podem captar fotos e vídeos, partilhá-los com amigos, ouvir música e podcasts, e receber chamadas telefónicas”, enumera Mark Zuckerberg, num vídeo de apresentação dos óculos que foram criados para substituir o telemóvel e ajudar as pessoas a “viver no momento”.“Isto é só o começo”, continua o presidente executivo do Facebook. “Os Ray-ban Stories são um passo importante em direcção a um futuro em que os telemóveis deixam de ser uma parte central das nossas vidas. E deixa de ser preciso escolher entre interagir com um aparelho ou com o mundo em redor.”

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Os óculos têm uma lente em cada haste DR

A empresa diz que os óculos devem ser usados para tirar fotografias enquanto se anda de bicicleta ou enquanto se assiste a um concerto, eliminando a necessidade de estar a agarrar num telemóvel nestes momentos. 

Em termos de especificações técnicas, o aparelho tem três microfones e duas lentes com cinco megapixels. Pode-se filmar ou tirar fotografias ao clicar num botão (um toque rápido começa filmar, um toque prolongado tira uma fotografia). Também se pode pedir directamente aos óculos para “tira uma fotografia” porque vêm incorporados com a assistente inteligente do Facebook. 

As luzes LED na frente dos óculos — que disparam quando se está a captar conteúdo — impedem que o aparelho seja utilizado para invadir a privacidade de outros. “Isto é mais do que os smartphones fazem”, reforça Zuckerberg.

Os óculos têm espaço para guardar 30 vídeos de 30 segundos ou 500 fotografias. Para os descarregar, porém, é preciso usar uma aplicação da empresa — o Facebook View. É a partir daí que podem ser partilhados nas plataformas do Facebook (WhatsApp, Messenger, Instagram, Facebook) ou outras redes sociais populares como o TikTok.

O conceito do aparelho lembra os óculos Eyewear II, da Huawei, lançados em Novembro de 2020, que funcionam como uma alternativa a auscultadores mas não tiram fotografias. Em 2014, a Google também lançou óculos com uma câmara incorporada, mas apesar do entusiasmo inicial as funcionalidades levantaram preocupações ao nível da segurança e da privacidade e o projecto foi abandonado.

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Uma luz ao lado da câmara ilumina-se sempre que está activa DR

As luzes LED da versão do Facebook pretendem evitar dúvidas sobre privacidade. A empresa também clarifica que as fotografias e vídeos que ficam guardados no aparelho são todos encriptados.

Para o Facebook, os Ray-ban Stories são só o começo. “Acreditamos que isto é um passo importante no caminho até criar óculos de realidade aumentada”, avança Zuckerberg. “Imaginem que podem jogar xadrez numa mesa à vossa frente com as pessoas de quem gostam, mas estão a três mil quilómetros de distância.”

O PÚBLICO contactou o Facebook para perceber se os óculos chegariam a Portugal, mas não obteve resposta até à hora de publicação deste artigo.

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