UGT apela a apoio internacional na luta contra despedimentos no BCP e Santander

A central sindical enviou uma carta aos líderes das principais organizações internacionais.

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Carlos Silva, secretário-geral da UGT Daniel Rocha

A UGT enviou nesta quarta-feira uma carta aos líderes das principais organizações sindicais internacionais, apelando ao seu apoio na luta dos trabalhadores bancários portugueses contra os despedimentos no BCP e Santander Totta.

“Em causa está a situação dos trabalhadores desses dois bancos, que há um ano foram submetidos a ameaças e pressões para aceitar a rescisão de seus contratos de trabalho e que agora culminam em processos de despedimento colectivo”, explica a UGT na carta enviada.

A UGT apela assim ao apoio das organizações sindicais internacionais, onde a UGT e seus sindicatos estão filiados, a fim de ter uma explicação da presidente do Banco Santander em Madrid, Ana Botín, e expressar as preocupações da UGT à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu (BCE) contra o procedimento “indigno” do Santander Totta e do BCP.

Este despedimento, segundo a UGT, “mina os princípios básicos do direito ao trabalho e o respeito aos trabalhadores, deixando centenas de trabalhadores desempregados, num período social muito específico após a crise pandémica, que ainda não terminou”, lembra.

Os sindicatos do sector bancário disseram na terça-feira, em comunicado, que marcarão uma greve conjunta ainda em Setembro, se o BCP e o Santander Totta mantiverem a intenção de fazer despedimentos.

Os sindicatos representativos dos bancários estiveram reunidos e, segundo o comunicado divulgado, decidiram pedir com “carácter de urgência” reunião com as administrações do BCP e do Santander Totta para “exigir o fim imediato de qualquer intenção de despedimento colectivo ou de figuras análogas”.

Se os bancos não recuarem nos despedimentos, afirmam os sindicatos que “irão declarar uma greve conjunta, a realizar ainda no corrente mês de Setembro”.

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