Carlos Queiroz quer alcançar “objectivos e sonhos” pelo Egipto

O português tinha sido o seleccionador da Colômbia até Dezembro de 2020.

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Carlos Queiroz EPA/Raul Spinasse

Carlos Queiroz revelou nesta quarta-feira o orgulho sentido com o convite para seleccionador do Egipto de futebol, assumindo o compromisso para alcançar “objectivos e sonhos” pelo país africano.

“É com muito orgulho, gratidão e ambição que aceito o honroso convite da federação do Egipto para o cargo de seleccionador nacional de futebol. Quero expressar o meu comprometimento no melhor uso da minha experiência e conhecimento, de modo a alcançar os objectivos e sonhos de tão prestigiante país do futebol, com adeptos tão apaixonados e dedicados”, escreveu Queiroz, nas suas páginas nas redes sociais.

A selecção egípcia é a recordista de vitórias na Taça das Nações Africanas (CAN), com sete, a última das quais em 2010, contando ainda três presenças em fases finais de Campeonatos do Mundo, em 1934, 1990 e 2018.

Queiroz, de 68 anos, vai assumir o comando técnico da selecção do Egipto, sucedendo a Hossam El-Badry, nove meses após ter deixado o comando técnico da Colômbia, estando prevista a sua chegada ao Cairo no próximo fim-de-semana.

O antigo seleccionador português e campeão mundial sub-20 em 1989 e 1991, também com as selecções lusas daqueles escalões, tinha orientado, antes da passagem pela Colômbia, a selecção do Irão, entre 2011 e 2019.

O treinador luso vai substituir El Badry, despedido na segunda-feira, apesar de ter qualificado a equipa para a 33.ª edição da Taça das Nações Africanas (CAN 2021), em Janeiro de 2022, e de não ter perdido qualquer jogo oficial.

No Grupo F de apuramento africano para o Mundial 2022, no Qatar, os “faraós” são segundos, com quatro pontos, a dois da Líbia, quando se disputaram já duas jornadas. Na primeira, tinham vencido Angola (1-0), seguindo-se um empate a uma bola no Gabão, que precipitou a saída de El Badry.

Queiroz deixou o comando técnico da Colômbia em Dezembro de 2020, após duas derrotas, com Uruguai (3-0) e Equador (6-1), esta última a pior em quatro décadas, que deixarem a Colômbia mal posicionada no apuramento para o Mundial 2022.

Além do Real Madrid (2003-2004) e da selecção portuguesa (1991-1993 e 2008-2010), Queiroz foi adjunto de Alex Ferguson no Manchester United (2002-2003 e 2004-2008) e também treinou o Sporting (1993-1996), os Emiratos Árabes Unidos (1997-1999) e a África do Sul (2000-2002).

Foi também o “timoneiro” da “geração de ouro” portuguesa, que levou aos títulos mundiais de sub-20 em 1989 e 1991, partindo agora para a sexta aventura em selecções, depois de Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Portugal, Irão e Colômbia.

Queiroz deixou os “cafeteros”, que comandava desde Fevereiro de 2019, após 18 jogos (nove vitórias, cinco empates e quatro derrotas), a meio do desígnio de conseguir uma quinta qualificação de uma selecção para um Mundial, que perseguirá agora pelos egípcios, cuja maior figura é o avançado Mohamed Salah, do Liverpool.

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