Europa volta a bater EUA na Solheim Cup

Equipa continental vence pela quarta vez nas últimas seis edições, a segundo em solo alheio

Foto
A selecção europeia festeja triunfo histórico no Inverness Club © SC

Pela quarta vez nas últimas seis edições, a Europa derrotou os Estados Unidos da América na Solheim Cup, a versão feminina da Ryder Cup, no Inverness Club, em Toledo, Ohio. Mas esta vitória foi especial. Primeiro, porque foi a apenas segunda em solo alheio; segundo, porque liderou o encontro do princípio ao fim, mostrando-se imperturbável face ao favoritisimo da teoricamente mais forte selecção anfitriã. 

Lideradas pela capitã não-jogadora Catriona Matthew, da Escócia, as 12 jogadoras europeias construíram uma vantagem de dois pontos para as 12 partidas de singulares de segunda-feira, que terminaram empatadas (6-6). E assim venceram pela segunda vez seguida, por 15-13, sendo que em 2019, a jogar em casa, em Gleneagles, Escócia, o desfecho fora de 14,5-13,5. 

Com 16 jogos de pares e 12 singles, valendo a vitória 1 ponto e o empate 0,5 pontos, para um total de 28 pontos em jogo, um empate a 14-14 serviria para a Europa manter a posse do troféu. Mas as forasteiras foram mais longe e, depois de a rookie finlandesa Matilda Castren ter garantido o 14.º ponto metendo um putt de 2,5 metros para o par no 18, no duelo com Lizette Salas, a também estreante Emily Kristine Pedersen, da Dinamarca, derrotou Danielle Kang no último encontro, por 1 up. 

Ainda mais que Castren e Pedersen, houve uma terceira rookie que esteve em grande nível, sendo aliás apontada como a MVP desta Solheim Cup. Tratou-se da irlandesa Leona Maguire, que venceu 4 partidas e empatou outra. Nos singles, não deu hipóteses a Jennifer Kupcho, batendo-a por 5/4. 

Castren e Maguire foram duas das seis jogadoras convocadas por Catrion Matthew, sendo as outras Madelene Sagstrom (Suécia), Mel Reid (Inglaterra) Celine Boutier (França) e Nanna Koerstz Madsen (Dinamarca). 

Já Pedersen fez parte do lote das seis qualificadas automaticamente, juntamente com Sophia Popov (Alemanha), Georgia Hall (Inglaterra), Charley Hull (Inglaterra), Carlota Ciganda (Espanha) e Anna Nordqvist (Suécia), que empatou no seu match frente à n.º 1 mundial e campeã olímpica Nelly Korda. 

“Há dois anos, em Gleneagles, foi fantástico, mas desta vez, na América, foi ainda melhor”, disse Catriona Matthew. “As americanas foram uma equipa fantástica este ano. Foram muito fortes. Nós apenas metemos mais alguns putts e tivemos a sorte de termos saído por cima. Acho que éramos uma equipa de 12 pessoas. Todas contribuíram. Só uma jogadora não ganha, precisávamos de todas. Parabéns, por isso, a toda a equipa.” 

Os EUA, comandados pela capitã Patt Hurst, evoluíram com as irmãs Nelly e Jessica Korda, Lexi Thompson, Lizette Salas, Danielle Kang, Ally Ewing, Austin Ernst, Megan Khang, Mina Harigae, Brittany Altomare, Yealimi Noh e Jennifer Kupcho.

A Solheim Cup, tal como a Ryder Cup, joga-se de dois em dois anos. Mas é mais recente, remonta a 1990. Com este triunfo, a Europa manteve a tendência para encurtar a desvantagem que tem para os EUA: ganhou 7, contra 10 vitórias dos EUA. 

A edição de 2023 será realizada no campo do Finca Cortesín Golf Club, em Málaga, Espanha.

Veja mais em www.golftattoo.com

Sugerir correcção
Comentar