Covid-19. DGS apresenta três cenários para fazer face ao Inverno

A directora-geral da Saúde traça o “bom cenário”, que prevê que se mantenha a actual “tendência estável e decrescente” da pandemia, em que a variante Delta continuará a ser a predominante e a vacina não perde a sua eficácia.

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O “cenário pior, que não está posto fora de questão” Paulo Pimenta

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, apresentou três cenários diferentes para os próximos meses no combate à pandemia de covid-19 em Portugal. A responsável lembra que “há sempre algum cuidado em encarar o Outono e o Inverno”, estações de “grande stress em termos da saúde”, devido à circulação de vírus respiratórios.

A directora-geral da Saúde traça o “bom cenário”, que prevê que se mantenha a actual “tendência estável e decrescente” da pandemia, em que a variante Delta continuará a ser a predominante e a vacina não perde a sua eficácia.

“No segundo cenário pode acontecer uma subida lenta do número de casos porque a vacina pode ir perdendo o seu efeito ao longo do tempo, mas ainda sem uma nova variante. Será um cenário de mais casos, provavelmente, mais ligeiros do que graves”, adiantou a directora-geral.

O “cenário pior, que não está posto fora de questão”, contempla o surgimento de uma nova variante do vírus, o que obrigaria à adopção de medidas para “aguentar, novamente, uma grande pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde e sob o sistema de saúde”, admitiu.

Sobre a possibilidade de administração uma terceira dose a grupos vulneráveis, como os idosos, Graça Freitas adiantou que a farmacêutica Pfizer submeteu, nos últimos dias, à Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) o pedido para aprovação deste reforço de imunização.

“Teremos de esperar que o regulador nos diga se sim, se não. De qualquer maneira, estamos a fazer o trabalho de casa em duas frentes: a científica, que vai acompanhando toda a evolução, e a logística. Continuamos a adquirir vacinas para um cenário de ser necessário a terceira dose ou de reforço”, assegurou.

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