Depois de um comício na Guarda, António Costa fez uma viagem de 47 minutos para continuar a campanha autárquica na Covilhã. À chegada, o líder do PS considerou a viagem “muito agradável” e disse que a reabertura do troço ferroviário “valeu a pena”, pela importância para a região e país.

“Muito agradável. Não acharam?”, respondeu António Costa à agência Lusa quando questionado, ao chegar à Covilhã, sobre como tinha sido a viagem, que realizou neste domingo, pela primeira vez, após a reabertura do troço da via férrea à circulação comercial, no dia 2 de Maio.

O líder do PS viajou de comboio pela Linha da Beira Baixa no âmbito da ronda de apresentação dos candidatos autárquicos que fará até às eleições e que começou em Bragança. Saiu da Guarda pelas 16h48, acompanhado pelo candidato Luís Couto, e chegou à Covilhã por volta das 17h35, onde o esperava o candidato local Vítor Pereira.

“Infelizmente, esta obra ficou concluída em plena pandemia, portanto, num momento de fortíssimo condicionamento da mobilidade das pessoas. Mas, conforme formos retomando a mobilidade, seguramente vamos ter cada vez uma maior utilização deste comboio. Como todos vimos, o percurso é lindíssimo, do ponto de vista turístico, e é também muito útil, seguramente, para quem trabalha num lado e no outro”, declarou o também primeiro-ministro à chegada.

António Costa acrescentou que o investimento realizado pelo Governo na reabertura e modernização daquele troço da Linha da Beira Baixa é importante para a região e para o país. “Esta é uma obra fundamental para darmos esse contributo geral para o desenvolvimento do país”, concluiu.

O troço ferroviário da Linha da Beira Baixa entre as cidades da Guarda e da Covilhã estava fechado desde 2009 e reabriu após obras de requalificação e de electrificação. O investimento total no projecto de modernização do troço foi de cerca de 77 milhões de euros. A obra foi inaugurada no dia 4 de Maio pelo ministro das Infra-estruturas Pedro Nuno Santos.

Rio em duas rodas

Se, no domingo, António Costa optou pela ferrovia, no dia anterior, em Torres Vedras, Rui Rio tinha preferido a ciclovia. Acompanhado pelo candidato do PSD à terra do ciclista Joaquim Agostinho, o líder do PSD mostrou-se focado nas eleições autárquicas por serem eleições, porque o partido teve “quebras significativas" em 2013 e em 2017 e porque “o objectivo é melhorar muito nas eleições autárquicas”, afirmou o social-democrata. 

Rio disse-se consciente “de que nuns sítios é mais fácil e noutros mais difícil” ganhar e, apesar de traçar como principal objectivo as eleições autárquicas, optou por não adiantar o que para si vai ser uma vitória satisfatória e apontou para depois do próximo acto eleitoral uma análise sobre a sua continuidade ou não na liderança do partido. “Vamos avaliar com consciência, porque o PS tem 161 e nós temos 98 câmaras municipais”, disse.