Pelo menos 13 polícias mortos após ataque do Daesh no Norte do Iraque

Células no grupo terrorista têm estado activas perto de Kirkuk. Polícia federal iraquiana tem falta de apoio áereo e militar na região.

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Entrada dos tanques do Exército iraquiano em Kirkuk, em 2017 Reuters

Pelo menos treze membros da polícia federal iraquiana foram mortos num ataque do Daesh no posto de controlo perto de Kirkuk, no Norte do Iraque, na noite de sábado, segundo fontes médicas e de segurança citadas pela AFP.

Na região montanhosa e povoada, o grupo jihadista intensificou os seus ataques ao Exército e à polícia, que decorrem desde o início do Verão.

“Os membros [do Daesh] tinham como alvo um posto de controlo da polícia federal”, disse à AFP uma fonte policial que manteve o anonimato. A ofensiva começou “pouco antes da meia-noite e durou várias horas”.

“Há 13 mortos e três feridos” do lado das forças de segurança, de acordo com a fonte.

Esta avaliação foi confirmada à AFP por uma fonte médica na cidade de Kirkuk, a cerca de 65 quilómetros a Norte de Al-Rashad, a zona onde ocorreu o ataque. Esta é uma das ofensivas mais mortíferas contra as forças de segurança desde o início do ano, refere.

Segundo a fonte, “as células da organização estão activas na região ao redor de Kirkuk devido à falta de apoio aéreo e militar”.

No final de 2017, o Iraque declarou sua “vitória” militar sobre o Daesh depois de retomar as principais cidades que os jihadistas controlavam desde 2014, mas as células do grupo continuam a operar em algumas áreas remotas do Norte do país e atacar as forças de segurança.

Os extremistas também reivindicaram a responsabilidade pelo último grande ataque em Bagdad, em Julho, que tirou a vida a mais de 30 pessoas num mercado de um bairro xiita.

No último domingo, o Presidente francês, Emmanuel Macron, em visita ao Curdistão iraquiano, expressou preocupação com o “ressurgimento” do Daesh no Iraque e na Síria, e acrescentou que os soldados franceses destacados no Iraque iriam permanecer no país “independentemente das escolhas americanas”.

Dos 3500 soldados estrangeiros presentes no Iraque, 2500 são norte-americanos. A partir de 2022, porém, estes exercerão a um papel de “formadores” e “conselheiros” do Exército iraquiano.

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