A política dos cenários

A esta distância a saída provável de Costa ou a corrida provável pela sua sucessão valem o que valem. Valem como reconhecimento de que o primeiro-ministro tem nas mãos o controlo da sua biografia. Valem como entretenimento.

A política tem horror ao vazio e, nos dias que correm, nem o drama existencial de Rui Rio face às autárquicas ou aos desafios à sua liderança, que se tornaram evidentes, nem o aquecimento da campanha, nem o início das negociações sobre o Orçamento, nem a constatação de que as promessas de António Costa no Congresso do PS afinal não são bem assim são factos suficientes para o preencher. O país político, os jornalistas e os comentadores das televisões precisam de tabus, movimento e drama, e o Presidente tratou de os fornecer através do Expresso. Em 2023, “acredita” Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa retirar-se-á de cena. Está, portanto, na hora de voltar aos arquivos e ressuscitar a corrida pela sucessão.

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