A “Geração mais qualificada de sempre” só é aproveitada em discursos

A “geração mais qualificada de sempre” é como a Cantiga da Rua. Vai de boca em boca, mas não é de ninguém.

Uma das protagonistas do discurso de António Costa no encerramento do congresso do PS foi a “geração mais qualificada de sempre”. Já tinha falado dela em julho, no Hospital Militar da Estrela, que vai ser requalificado em 107 habitações para a dita geração, tendo também referido a necessidade de melhorar ordenados, tornar a política fiscal mais justa e garantir o acesso a serviços públicos de qualidade. Uma agenda vasta. No início de agosto, o secretário de Estado Tiago Antunes tinha também sublinhado a necessidade de não desperdiçarmos a geração mais qualificada de sempre e prometido políticas para lhes dar “maior segurança, estabilidade, condições de autonomização”. Uma agenda, afinal, ainda mais vasta. A preocupação com a geração mais qualificada de sempre não vem de hoje. Na sua campanha para as primárias socialistas de 2014, Costa falou da necessidade de aproveitar a dita geração. No discurso natalício de 2018, o primeiro-ministro afirmava que “o país não se pode dar ao luxo de perder a sua geração mais qualificada de sempre”, referindo-se ao Programa Regressar.

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