Alemanha e Países Baixos concluíram processos de evacuação do Afeganistão

Itália também anunciou que está prestes a terminar as operações no aeroporto de Cabul.

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Mais de cem mil pessoas foram retiradas do Afeganistão desde 14 de Agosto Reuters/US AIR FORCE

A Alemanha e os Países Baixos anunciaram esta quinta-feira que concluíram os processos de evacuação do Afeganistão e a Itália disse que terminará os voos de retirada de cidadãos nas próximas horas.

“Nas próximas horas, terminarão as operações de evacuação. Agora, é altura de passar para a fase dois, com uma perspectiva de curto e médio prazo, ordenada, estruturada e estratégica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio.

A diplomacia holandesa anunciou que realizou esta quinta-feira o voo final de retirada de pessoas de Cabul, respondendo ao pedido das forças militares norte-americanas, para deixarem o aeroporto da capital afegã, palco de um ataque da autoria do Daesh que provocou mais de 70 mortos, incluindo militares norte-americanos, e cerca de 140 feridos.

“O compromisso com os aliados internacionais continua, agora, a apoiar o povo afegão”, disse Sigrid Kaag, ministra dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos.

Também o Governo alemão anunciou que concluiu o processo de retirada dos seus soldados e do pessoal diplomático do Afeganistão.

A ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, divulgou em comunicado que foram já retirados “todos os soldados, membros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da polícia federal” que se encontravam em Cabul.

Kramp-Karrenbauer afirmou que se sentiu “aliviada” depois de saber que soldados alemães tinham “deixado o espaço aéreo afegão em segurança”. Ao todo, desde a tomada de Cabul pelos taliban já foram retiradas do país mais de cem mil pessoas por via aérea.

A ministra alemã aproveitou para recordar que a Alemanha retirou de Cabul 5347 pessoas de pelo menos 45 países, desde 16 de Agosto, na sua operação de evacuação do Afeganistão.

“Os ataques que testemunhámos esta tarde (...) mostram claramente que uma extensão da operação em Cabul não seria possível”, sublinhou Kramp-Karrenbauer.

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