Longevidade e envelhecimento – Da exigência ética aos desafios sociopolíticos

É necessária, pois, uma “política da longevidade”, que cruze vários setores, tais como saúde, economia, cultura, turismo, ação social. Isto implicará financiar um conjunto de intervenções públicas que contribuam para uma longevidade com qualidade de vida e para uma integração do envelhecimento como dimensão natural e essencial da vida das pessoas e das sociedades.

Os censos de 2021 mostram que, na última década, Portugal perdeu mais de 200.000 pessoas e, em 20 anos, o índice de longevidade passou de 41,9% para 48,7%, tendo o índice de envelhecimento subido de 101,5% para 165,1%. Não havendo alterações substantivas, em 2070, Portugal terá menos 2 milhões de habitantes do que hoje, contará apenas com 4 milhões de pessoas profissionalmente ativas e dois terços da população terão mais de 65 anos. Esta situação suscita preocupações e leva a olhar a situação presente como um “inverno social”, que coloca desafios às nossas sociedades. De acordo com a ONU, «o envelhecimento populacional está prestes a tornar-se numa das transformações sociais mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos os setores da sociedade”.

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