Transplantados e seropositivos na lista prévia de pessoas elegíveis para terceira dose

Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 entregou parecer à DGS em que aconselha terceira dose a pessoas com doenças que causam imunossupressão. Decisão final cabe à DGS.

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Rui Gaudencio

A Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 (CTVC) entregou há alguns dias um parecer à Direcção-Geral da Saúde (DGS) relativo à vacinação de reforço contra a covid-19 de pessoas vulneráveis à doença, noticiou esta quarta-feira o Correio da Manhã e confirmou o PÚBLICO.

Ao que o PÚBLICO apurou junto de fonte conhecedora do parecer, a CTVC concordou que deve ser administrada uma terceira dose da vacina a pessoas com “doenças que causam imunossupressão”. Da lista constam, entre outras, pessoas com as seguintes doenças: infectados com VIH/ SIDA, doentes com cancro activo, pessoas com imunodeficiências congénitas ou pessoas transplantadas. 

Esta terça-feira, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force para o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, adiantou que ainda não há decisão quanto a uma terceira dose de reforço da vacina, mas que, a acontecer, será para “casos muito pontuais”. Esse reforço deverá ser administrado a “doentes imunodeprimidos ou a fazer tratamento específico”, disse, adiantando que se trata de cerca de 100 mil pessoas nesses grupos vulneráveis elegíveis. 

“Não vai ser uma terceira dose generalizada”, especificou o vice-almirante, sublinhando que ainda não há sequer “certeza científica” da sua necessidade.

Cabe agora à DGS tomar a decisão final sobre o tema. O PÚBLICO questionou a autoridade de saúde sobre o assunto, mas ainda não obteve qualquer resposta. Ao Correio da Manhã, o organismo referiu que até “à data, não existem dados suficientes que demonstrem a necessidade” de uma dose de reforço, assegurando que continua “a acompanhar a evolução do conhecimento científico”. 

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