Matrix 4 chama-se The Matrix: Ressurections e já tem trailer

As imagens já estão online. Warner mostrou primeiro trailer com Keanu Reeves e Carrie Ann Moss, ou Neo e Trinity, de volta ao mundo Wachowski na CinemaCon. Filme estreia-se em Dezembro.

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Carrie Ann Moss e Keanu Reeves em 2003 DR

O quarto filme da série Matrix estreia-se a 22 de Dezembro em todo o mundo (a data até agora existente para Portugal era 16 de Dezembro) e já tem trailer, revelado na madrugada desta quarta-feira na convenção de exibição cinematográfica norte-americana CinemaCon. O curto filme promocional da grande aposta da Warner Brothers, coloca Neo numa consulta de terapia com Neil Patrick Harris - “Tive sonhos que não eram só sonhos. Sou maluco?” - e até se cruza com Trinity num café, mas só parece haver comprimidos azuis à disposição.

Ao som de White Rabbit, dos Jefferson Airplane, os famosos comprimidos azuis que permitiam terminar a história e acordar na própria cama, acreditando-se no que se quer (ao contrário dos comprimidos vermelhos, que permitem ficar no País das Maravilhas e ver quão funda é a toca do coelho, nas palavras de Morpheus no filme original de 1999) fogem num ralo. Mas afinal também há um comprimido vermelho para que Neo não seja mais um colado ao ecrã do seu telemóvel - e as lutas e os poderes de distorção da realidade que distinguiram Matrix como um dos mais influentes filmes de ficção científica das últimas décadas estão de volta.

Esta é, resumidamente, a descrição que a imprensa presente na CinemaCon apresentou do trailer, que mostra Keanu Reeves e Carrie Ann Moss de volta e tem Yahya Abdul-Mateen II (Watchmen) no papel de uma espécie de jovem mentor, como Morpheus (Lawrence Fishburne nos filmes originais), no elenco. Dos filmes originais regressam ainda Jada Pinkett Smith, Lambert Wilson (The Merovingian) e Daniel Bernhardt (Agent Johnson).

“O primeiro Matrix foi como algo para além de nós... Ouvíamos a frase ‘Matrix mudou a minha vida’”, recordou Keanu Reeves num outro pequeno filme, desta feita de bastidores de feitura do novo filme, rematando: “Eu digo: ‘Obrigada, também mudou a minha vida’”. Keanu Reeves cimentou o seu estatuto de estrela de Hollywood disponível para filmes de acção depois de um início de carreira em que tanto foi o jovem slacker de Bill & Ted (1989) quanto o jovem prostituto de A Caminho de Idaho (1991), de Gus Van Sant. Hoje é um protagonista de séries de filmes de acção como John Wick.

The Matrix estreou-se em 1999 e as duas sequelas estrearam-se em 2003, com o segundo volume The Matrix Reloaded a chegar primeiro e depois rematando-se a trilogia com The Matrix Revolutions. Realizado e escrito pelas irmãs Wachowski, o conjunto de filmes foi revolucionário no desenvolvimento de nova tecnologia e estilo de acção, nomeadamente as lutas filmadas no chamado “bullet-time” (que receberam Óscares), mas também permeou a cultura de final de século com a sua temática sobre a realidade da vida comum como uma ilusão criada por máquinas que escravizam os humanos, ao som dos Rage Against the Machine ou Marilyn Manson. Recentemente, a ideia do “comprimido vermelho” foi apropriada por comunidades reaccionárias como as que se reúnem em torno do QAnon e que vivem em torno de teorias da conspiração.

The Matrix: Ressurections é realizado apenas por Lana Wachowski e tem argumento de Wachowski, David Mitchell e Aleksandar Hemon. O novo trailer, que deverá surgir online em breve, foi apenas uma de várias novas imagens de filmes americanos a estrear-se em breve, como Spider-Man: No Way Home, da Sony, ou outras estreias sonantes da Warner como The Batman (3 de Março de 2022 em Portugal), Dune (14 de Outubro em Portugal) ou a prequela de Os Sopranos, Todos os Santos de Newark (ainda sem data em Portugal).

Em Dezembro, o estúdio abalou a indústria em plena incerteza de pandemia anunciando que este ano as suas estreias nos EUA seriam simultâneas entre cinemas e serviços de streaming (o seu, no caso a HBO Max nos EUA). Mas agora reiterou na CinemaCon que em 2022 voltará ao velho modelo: exclusivo das salas e só depois mercado doméstico. Porém, a janela de exclusividade dos cinemas encolherá para apenas 45 dias, um mês e meio a menos do que os habituais três meses.

Actualizado a 9 de Setembro com a inclusão do trailer oficial.

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