Em fuga pelos jardins da Aveleda

Passo apressado, pensamento ágil e trabalho de equipa. Quem já participou em jogos de fuga tem vantagem, mas o Aveleda Escape Garden promete ser para todos.

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O Aveleda diz que esta é “a primeira experiência de jogo de fuga ao ar livre do mundo”. O Aveleda Escape Garden é, isso é certo, uma forma original de mergulhar nos 150 anos de história deste produtor da sub-região do vale do Sousa.

A quinta localizada em Penafiel tem vindo a apostar na oferta de enoturismo de forma mais consistente desde 2017 e recentemente viu na pandemia de covid-19 uma oportunidade única: explorar de outra forma o seu belíssimo jardim de oito hectares, classificado como Jardim Histórico, dando continuidade a um programa que já tinha outras ofertas ao ar livre, como os piqueniques, precisamente no jardim romântico, ou os almoços servidos na varanda do roseiral [ver caixa].

Para além de um cedro japonês, do cipreste dos pântanos ou da sequoia americana, chamam a atenção um aprazível lago, uma janela manuelina, uma casa de chá e a icónica torre das cabras.
Para além de um cedro japonês, do cipreste dos pântanos ou da sequoia americana, chamam a atenção um aprazível lago, uma janela manuelina, uma casa de chá e a icónica torre das cabras.
Para além de um cedro japonês, do cipreste dos pântanos ou da sequoia americana, chamam a atenção um aprazível lago, uma janela manuelina, uma casa de chá e a icónica torre das cabras.
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Para além de um cedro japonês, do cipreste dos pântanos ou da sequoia americana, chamam a atenção um aprazível lago, uma janela manuelina, uma casa de chá e a icónica torre das cabras.

A fuga começa​​

Aos participantes é dito no início do jogo, implementado pela Escape Challenge, que desapareceu o único exemplar de uma garrafa da primeira produção de vinho da Aveleda, datada de 1870, da colecção privada da família Guedes, e que a raridade ainda estará na propriedade. As equipas – um mínimo de duas e um máximo de oito pessoas por grupo – têm uma hora para a encontrar e devolver ou terão de se explicar à polícia. Deixam os seus pertences com a organização e levam para os jardins apenas um mapa – está lá tudo, é-lhes dito – e dois telemóveis para que possam comunicar. Isto porque o ideal é que cada grupo se divida em dois, já que a hora passa a voar.

À medida que vão reunindo e relacionando as pistas que encontram, devem prestar atenção aos detalhes nos pontos assinalados no mapa. Podem não fazer sentido na hora, mas noutro ponto da propriedade ou para os colegas de equipa ganharão significado.

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Um jogo de descoberta

Durante a “fuga”, os visitantes ficam a saber que foi Manoel Pedro Guedes quem impulsionou a construção deste jardim com árvores raras e centenárias, a partir de 1870. Para além de um cedro japonês, do cipreste dos pântanos ou da sequóia americana, chamam a atenção um aprazível lago, uma janela manuelina, uma casa de chá, as fontes de Nossa Senhora da Vandoma e a das Quatro Estações, bem como a já icónica torre das cabras.

Aprendem também que a primeira vinha da Aveleda foi plantada em 1878, que o famoso Casal Garcia nasceu em 1939, pelas mãos do enólogo francês Eugène Hélisse, e que a Adega Velha original, uma das primeiras aguardentes de Vinho Verde, foi lançada em 1971, quando António Guedes descobriu as experiências do pai e decidiu engarrafá-las numa elegante garrafa antiga.

O jogo tem dois percursos distintos – assinalados a verde e a vermelho –, para que os grupos não se cruzem durante a actividade. E está disponível em português e inglês.

Em breve, será possível saber mais sobre as espécies botânicas propriamente ditas, já que a Aveleda candidatou o seu jardim à Rede Europeia de Jardins Históricos.


Este artigo foi publicado no n.º 2 da revista Singular.

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