Uma morte no incêndio que consome o Sul de França

As chamas já consumiram cinco mil hectares e terão destruído “metade da reserva natural do maciço dos Mouros”. Condições meteorológicas continuam propícias a incêndios.

Incêndios
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Mais de mil bombeiros combatem o incêndio que deflagrou no final do dia de segunda-feira
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Mais de mil bombeiros combatem o incêndio que deflagrou no final do dia de segunda-feira GUILLAUME HORCAJUELO/EPA
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O incêndio que deflagrou na segunda-feira na Riviera Francesa, no Sul de França, e esta quarta-feira continuava fora de controlo causou uma morte, segundo as autoridades locais. De acordo com os bombeiros, as chamas já consumiram cinco mil hectares. E durante esta quarta-feira o tempo quente e seco continua propício a incêndios.

O jornal francês Val-Matin noticiou que a vítima mortal é um homem encontrado morto na sua residência na vila de Grimaud. Mais de 20 pessoas, incluindo cinco bombeiros, ficaram feridas pela inalação de fumo ou queimaduras ligeiras, adiantaram as autoridades do departamento de Var.

Dos cinco mil hectares que já arderam, mil foram consumidos durante a noite de terça-feira, disse o porta-voz dos bombeiros de Var em declarações à rádio France Info. No terreno continuam mais de mil bombeiros, ajudados por aviões e helicópteros.

O pior incêndio desta temporada em França começou em Gonfaron, a cerca de 50 quilómetros de Saint-Tropez, na Riviera Francesa, impulsionado por fortes ventos vindo do mar Mediterrâneo. Mais de sete mil pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas ou alojamentos, incluindo turistas e campistas, refugiando-se em abrigos temporários.

Apesar de não terem sido feitas evacuações durante a noite, as autoridades da região de Var insistiram que “as pessoas realojadas não devem regressar às suas casas ou aos campos de férias”.

As autoridades locais fecharam estradas, bloquearam o acesso às florestas e pediram cautela. Os responsáveis alertaram que o risco de incêndio permanece muito elevado durante esta quarta-feira devido ao tempo quente e seco – nos últimos dias as temperaturas atingiram os 40º.

“Metade da reserva natural do maciço dos Mouros foi destruída”, disse na terça-feira Concha Agero, vice-directora do Gabinete Francês da Biodiversidade, citada pela France 24.

No final do dia de terça-feira avistavam-se cabos de energia estendidos no solo, e muitas árvores queimadas nos troncos, mas com os ramos intactos, sugerindo que as chamas se tinham alastrado com rapidez. Depois de uma noite mais calma, começaram os trabalhos para tentar restaurar as linhas telefónicas e de electricidade.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, que passa férias na região, não muito longe do foco do incêndio, foi ao centro de controlo de bombeiros na terça-feira e lembrou que a França não assistiu neste Verão a uma situação idêntica a outros países, referindo-se aos incêndios que devastaram a região do Mediterrâneo, nomeadamente a Grécia, Turquia, Argélia e Marrocos.

Na Grécia, um dos grandes incêndios que deflagrou no início na semana nos arredores de Atenas continua activo pelo terceiro dia consecutivo, tendo consumido vastas áreas de pinhal.

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