“Diferenças abismais” não retiram ambição ao Paços no jogo com o Tottenham

Pacenses regressam à Liga Conferência, depois de uma derrota pesada, frente a um candidato à conquista do troféu. Santa Clara também entra em acção diante do Partizan.

Foto
Paços de Ferreira perdeu por 3-0, esta segunda-feira, no terreno do Boavista, na segunda jornada da I Liga LUSA/ESTELA SILVA

Paços de Ferreira (19h30) e Santa Clara (21h30) entram em acção, na quinta-feira, para a primeira mão do play-off de acesso à fase de grupos da Liga Conferência. A tarefa mais complicada será, teoricamente, a dos “castores”, que enfrentam os ingleses do Tottenham, equipa treinada por Nuno Espírito Santo que chega ao Estádio Capital do Móvel com os índices de motivação elevados, depois da vitória por 1-0 diante do campeão inglês, Manchester City, na 1.ª jornada da Premier League.

Um momento diferente atravessa o Paços de Ferreira, que vem de duas derrotas consecutivas. Na segunda-feira, a equipa de Jorge Simão foi goleada por 3-0 no terreno do Boavista, depois da derrota por 1-0 diante do Larne, na terceira eliminatória da Liga Conferência, ainda que tenha garantido a passagem à próxima fase da competição. Resultados à parte, Jorge Simão quer que a equipa “lute pelo jogo”, apesar das “diferenças abismais” entre as formações. 

“Gostava que os jogadores adversários sentissem dificuldade a jogar contra o Paços. Não vou estar aqui a fazer o papel do espigadote ousado, até porque as diferenças entre os emblemas são evidentes e abissais, mas dêem-nos a oportunidade de poder lutar pelo jogo”, disse o técnico de 45 anos, em conferência de imprensa.

“Diferenças abismais” que são notórias, desde logo, quando se olha para o valor de mercado dos plantéis de Paços de Ferreira e Tottenham, um dado que Jorge Simão não deixou de sublinhar. “Tive a curiosidade de procurar o valor de mercado das duas equipas e verifiquei que o Tottenham tem um valor de mercado de 704 milhões de euros, comparativamente aos 22 milhões do Paços. Assim por alto, diria que a diferença de orçamento é de umas cem vezes mais”, notou o treinador português, mas frisando que num jogo de futebol são “sempre 11 contra 11”.

Uma “boa notícia” para equipa portuguesa é a ausência de Harry Kane, que, de acordo com a agência de notícias Press Association, não viajou com a comitiva do Tottenham. O avançado inglês, de resto, já não tinha sido convocado para o jogo diante do Manchester City, que aconteceu no último domingo. 

Santa Clara e as “armas desiguais”

Também o Santa Clara terá de estar “ao mais alto nível”, tal como afirmou o treinador Daniel Ramos, para poder aspirar a seguir em frente, já que do outro lado vai estar o Partizan, segundo classificado do campeonato sérvio, com quatro vitórias em quatro jogos (último triunfo foi por 4-1, frente ao Novi Pazar).

A formação de Daniel Ramos, que no último domingo empatou (2-2) com o Moreirense, em jogo da I Liga, não espera facilidades. “Temos o Partizan fresco, porque conseguiu adiar o seu jogo [do campeonato], coisa que nós não conseguimos. São armas desiguais, claramente, mas nós vamos com as nossas”, afirmou o técnico, sublinhando ainda que espera uma “equipa forte, recheada de bons jogadores, quase todos eles internacionais”.

Relativamente aos casos de covid-19 no plantel, que deixaram vários jogadores de fora nos últimos encontros dos insulares, o treinador de 50 anos adiantou que alguns dos atletas podem ainda ser dados como recuperados antes do encontro com o Partizan. “Estamos à espera dos resultados dos testes. Temos 14 jogadores mais o guarda-redes, é aquilo que eu sei que neste momento tenho. Também sei que posso ter mais a partir das cinco da tarde”, referiu.

Sugerir correcção
Comentar