Harlem, o centro do mundo foi ali

Os fabulosos anos 20 do século XX. No topo do Central Park, em Nova Iorque, um bairro tornou-se a maior metrópole negra onde se acreditou que a arte podia fazer mais pelos direitos dos homens e mulheres negros do que a política. O movimento conhecido como Harlem Renaissence ditava as regras da cultura e da moda, via nascer pensamento que esteve na origem do Movimento dos Direitos Civis. As suas ramificações e influência permanecem.

nova-iorque,racismo,eua,historia,culturaipsilon,livros,
Fotogaleria
Gaston Paris/Roger Viollet/Getty Images
nova-iorque,racismo,eua,historia,culturaipsilon,livros,
Fotogaleria
George Karger/Michael Ochs Archives/Getty Images

Foi há cem anos. Em 1921, quatro escritores ligados ao movimento teatral conhecido por vaudeville estreavam uma comédia musical num dos teatros da Broadway, o Daly’s 63rd Street Theatre. Nada de estranhar não fosse o facto de autores, produtores e elenco serem afro-americanos. A peça chamava-se Shuffle Along e revelava nomes como o de Josephine Baker, Adelaide Hall, Florence Mills, Freddy Washington e Paul Robeson. Refutando as previsões mais temerosas que desconfiavam de um cartaz exclusivamente negro numa sala para público branco, o musical teve mais de 500 apresentações. Pela primeira vez na história daquele país, a experiência negra – ainda que no tom da comédia era contada por negros para uma audiência branca.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 2 comentários