Milhares de pessoas fogem das chamas na Riviera Francesa

As evacuações ocorreram essencialmente perto de Saint-Tropez e das vilas de Le Môle e Grimaud, na sequência de um incêndio que na terça-feira de manhã se tinha alastrado por cinco mil hectares.

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O incêndio deflagrou em Gonfaron na segunda-feira SECURITE CIVILE HANDOUT/EPA

Milhares de pessoas foram forçadas a fugir, por precaução, das suas casas e de locais turísticos perto da Riviera Francesa, devido a um grande incêndio que deflagrou no final do dia de segunda-feira na zona florestal circundante. Nesta terça-feira, as chamas continuam “muito ferozes”.

As chamas começaram no final de segunda-feira na vila de Gonfaron, no Sul de França e a cerca de 50 quilómetros de Saint-Tropez, segundo as autoridades. Alimentado por fortes ventos vindos do mar Mediterrâneo, na manhã desta terça-feira o incêndio já se tinha alastrado por cinco mil hectares de floresta, sem dar sinais de abrandar.

Durante esta terça-feira mais de 900 bombeiros e 120 agentes policiais combatiam as chamas, apoiados por aviões e helicópteros, avançaram as autoridades da região de Var.

O presidente da câmara de Cavalaire, Philippe Leonelli, explicou que o “incêndio se alastrou em três horas numa área que normalmente ficaria coberta [pelas chamas] em 48”, apesar de a sua vila não ter sido atingida.

Várias aldeias foram afectadas na zona de Var e cerca de seis mil pessoas deixaram as suas casas – as evacuações ocorreram essencialmente perto de Saint-Tropez e das vilas de La Môle e Grimaud. As pessoas afectadas estão a ser acolhidas em ginásios, salões de eventos e escolas.

“Ficámos totalmente cercados pelas chamas”, disse Stephane Gady, autarca de La Môle, localizada perto de um pinhal. Segundo Gady e as autoridades de Var, não há relatos de mortes, mas cerca de 20 pessoas foram afectadas pela inalação de fumo e três ficaram feridas.

Aproximadamente 100 casas foram destruídas. As autoridades de Var também confirmaram que sete locais de campismo foram evacuados e pediram à população para evitar conduzir na região para não bloquear a passagem e acesso das equipas.

Há várias semanas que várias zonas do Mediterrâneo têm sido devastadas por uma onda de calor e por uma intensa época de incêndios. A Grécia, dos países mais afectados, continua a combater as chamas. Desde o início do mês que os arredores de Atenas têm sido fustigados. Na segunda-feira dois incêndios deflagraram a Sudeste e Noroeste de Atenas e os esforços para apagar as chamas continuam.

Nesta terça-feira, mais cinco comunidades e um lar de idosos foram forçados a deixar as suas residências na região de Vilia, a Noroeste de Atenas. Segundo os bombeiros, o incêndio avança em três frentes e arde num pinhal no monte Pateras. Estão no local mais de 300 bombeiros, com 115 veículos e mais de dez meios aéreos.

Quanto ao incêndio da região de Keratea, a Sudeste de Atenas, os bombeiros gregos informaram não haver fogos activos, embora não tenham declarado as chamas extintas.

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