João Almeida acaba de cumprir a promessa de se tornar um vencedor

A partir deste domingo, o ciclista das Caldas da Rainha já não é o “homem do quase” e pode dizer que já cumpriu a promessa de ter os seus próprios palcos. Aos 23 anos, conquistou pela primeira vez uma prova do calendário World Tour, triunfando na Volta à Polónia.

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Em 2020, João Almeida, ainda imberbe no pelotão internacional, dizia ao PÚBLICO que não queria passar a carreira a trabalhar para os outros. “Ainda sou novo e tenho de ter ambição. Quero ter as minhas oportunidades e não passar a carreira toda a trabalhar para os outros”, disparava.

A partir deste domingo, o ciclista das Caldas da Rainha pode dizer que já cumpriu a promessa de ter os seus próprios palcos. Aos 23 anos, conquistou pela primeira vez uma prova do calendário World Tour, triunfando na Volta à Polónia. E desde 2014 que um português não vencia no World Tour (foi Rui Costa na Volta à Suíça).

Almeida já era o melhor ciclista português, um nome sonante no desporto nacional e um merecedor de um contrato chorudo no ciclismo mundial. Hoje, tornou-se também um vencedor e já não é o homem do “quase”, depois de “bater na trave” diversas vezes.

Entre 2020 e 2021, Almeida somou cinco pódios em etapas da Volta a Itália e lugares finais de top-10 no Giro, na Catalunha, nos Emirados ou no Tirreno-Adriático.

O português sai da Polónia com dois triunfos em etapas e superou nomes de tarimba internacional como Matej Mohoric (Bahrain) e Michal Kwiatkowski (INEOS). Também atrás de Almeida ficaram corredores como Tao Geoghegan Hart e Jai Hindley, primeiro e segundo classificados do Giro 2020, prova em que João Almeida se colocou, de pleno direito, em destaque no ciclismo mundial.

Este triunfo chega também numa fase importante para o português. Almeida anunciou que vai sair da Deceuninck no final da temporada, juntando-se à poderosa Emirates, que lhe deu um contrato avultado, de longa duração, para ser segunda figura da equipa, atrás de Tadej Pogacar.

Esta vitória na Polónia tem dois prismas interessantes para o português: mostra ao pelotão e aos directores que dá tudo pela sua equipa mesmo sabendo que vai sair no final da temporada e, de olhos no futuro, mostra à Emirates que não contratou apenas um jovem com um potencial tremendo. A partir deste domingo, a equipa pode dizer que contratou um vencedor de provas World Tour.

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