Rutger Bregman: “É relevante saber que a guerra é um fenómeno recente. Não é o nosso destino. Não somos um caso perdido”

Numa viagem pelo que move a natureza humana, o escritor Rutger Bregman defende que a maior parte dos humanos são bons. A crueldade existe e o “poder é uma droga muito poderosa que tende a corromper as pessoas”, mas poucos são os que agem com maldade sabendo que estão do “lado errado da história”.

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Maartje ter Horst

O pensador holandês Rutger Bregman não nega que os humanos possam ser cruéis e egoístas – a própria história está repleta de acontecimentos que o comprovam. Mas o seu novo livro, Humanidade (lançado em Julho pela Bertrand), assenta na premissa de que os seres humanos são bons. Mesmo que haja excepções (como o Holocausto, o apartheid ou as guerras, relatados no livro) e mesmo que se viva numa sociedade individualista, Bregman mergulha na história para mostrar que é a bondade e a cooperação que vêm ao de cima quando há imprevistos ou desastres: os bombardeamentos na Segunda Guerra Mundial não afectaram a moral das populações atingidas; a versão “real” do Deus das Moscas de William Golding mostrou que, afinal, as crianças sozinhas numa ilha se ajudavam entre si, em vez de se virarem umas contra as outras; e que, na maior parte das vezes, o instinto humano é de ajudar os outros – e não a malícia.

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