Chile começou a administrar terceira dose da vacina

Reforço destina-se para já aos maiores de 55 anos que foram vacinados com a Sinovac, cuja eficácia diminui consideravelmente ao fim de seis meses.

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Um homem espera pela terceira dose da vacina em Valparaíso RODRIGO GARRIDO/Reuters

O Chile começou na quarta-feira a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19, tornando-se no primeiro país da América do Sul a aplicar o reforço. A nova dose destina-se para já aos cidadãos com mais de 55 anos, que foram vacinados com a Sinovac, cuja eficácia diminui consideravelmente passados seis meses sobre a primeira dose. O Uruguai, que também já aprovou a medida, começa o reforço da vacinação na próxima segunda-feira.

“Considerando a evolução no tempo e o risco que significa a variante Delta, além de receber as recomendações científicas tanto nacionais quanto internacionais, decidimos iniciar um reforço da vacinação em todas as pessoas que receberam as duas doses da vacina Sinovac [laboratório chinês da CoronaVac]”, anunciou na semana passada o presidente Sebastián Piñera.

Os primeiros chilenos a receber o reforço são os que foram vacinados com a segunda dose do imunizante chinês entre os dias 1 e 14 de Março, a quem será administrada preferencialmente uma dose da vacina AstraZeneca.

As pessoas imunodepressivas acima de 16 anos que tenham sido vacinadas com as duas doses até 31 de Maio também serão vacinadas, mas com a vacina da Pfizer. Este grupo tem dificuldade em produzir anticorpos, tendo como única alternativa uma vacina de RNA mensageiro.

A Sinovac, responsável por 70% da vacinação no Chile, demonstrou ser eficaz contra o coronavírus em casos graves, mas, nos casos sintomáticos, a sua efectividade diminui consideravelmente a partir do sexto mês de aplicada a primeira dose.

No final de Julho, o Ministério da Saúde do Uruguai também anunciou uma terceira dose da Pfizer para vacinados com a chinesa Sinovac. Essa terceira dose será aplicada aos que tiverem, no mínimo, 90 dias desde a aplicação da segunda dose da vacina produzida na China. 

Actualmente, 12,6 milhões de pessoas estão completamente vacinadas no Chile, numa das campanhas de maior sucesso no mundo cuja meta é atingir, pelo menos, 15,2 milhões de pessoas, equivalentes a 80% da população.

 
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