Cary Grant, o homem-miragem

Foto
Silver Screen Collection/Getty Images

A 28 de Novembro de 1986, em Davenport, no Iowa, poucas horas antes de se dirigir ao teatro da cidade onde iria cumprir mais uma data da tournée de A Conversation with Cary Grant, o actor, deitado, todo vestido, fez ouvir as suas primeiras afirmações incoerentes. Foi transportado ao hospital. Morreria nessa noite, vítima de crise cardíaca. Tinha 82 anos. Três dias depois o corpo foi incinerado, as cinzas espalhadas sobre o Pacífico. Não houve elogio fúnebre, não houve cerimónia, foi assim que ele o desejou: colocar-se imediatamente fora de campo logo que o espectáculo acabasse. Ou melhor: resolver de uma vez por todas a tensão entre Archibald Leach, nascido em 1904 em Bristol, Inglaterra, assim atravessando o Atlântico inserido numa troupe de acrobatas, e Cary Grant, o homem atlético e elegante por ele “criado” em Hollywood.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar