Fumar ou não fumar, eis a questão

O ar do tempo é propício à iniciativa de restringir fumar nos bares e discotecas. E não levará muito até que todos vejam com normalidade as novas regras.

Já fui fumadora. Durante uns bons anos. Não fumava muitos cigarros por dia; nos últimos anos fumava um cigarro depois de almoço e ficava-me por aí, exceto nos dias em que tinha festas ou jantares (e fumava mais). Não me custou deixar de fumar e sempre associei cigarros a momentos de prazer – sentada numa esplanada em frente ao mar com amigos a tomar um copo de bom vinho, ou parecido. Como não era fumadora compulsiva, nunca fumei por necessidade de nicotina, não fumava em pé à volta de um cinzeiro público na rua mesmo no meio de intempéries, não fumava enquanto andava, não ressacava se ficava muito tempo sem fumar. Quando fazia voos longos passava perfeitamente sem cigarros durante todas as horas em aviões e aeroportos. Considerava as zonas de fumadores, quais gaiolas de viciados impenitentes que se viam perto nas zonas das portas de embarque, insuportáveis com a quantidade de fumo em vez de oxigénio nelas existente. Frequentei-as uma ou duas vezes, para acompanhar outras pessoas, e saí de lá valentemente intoxicada. Vivi toda a vida com não fumadores, donde raramente fumava em casa. Acrescente-se detestar o cheiro de cinzeiros ou do fumo entranhado na casa.

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