Al-Khelaïfi, o qatari que já gastou 1,3 mil milhões de euros em contratações no PSG

Nos dez anos em que está à frente do clube, o presidente do PSG já protagonizou várias contratações milionárias e até a mais cara da história do futebol - a de Neymar, em 2017, por 222 milhões de euros.

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Nasser Al-Khelaïfi assumiu a presidência e o cargo de CEO do Paris Saint-Germaisn em 2011 EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Nasser Al-Khelaïfi assumiu a presidência e o cargo de CEO do Paris Saint-Germain em 2011 e desde então que o clube francês nunca mais foi o mesmo, com muito investimento e contratações de peso. Com 47 anos, Al-Khelaïfi, que faz parte da família real do Qatar, foi tenista profissional e é considerado como um dos homens mais ricos do mundo.

Na conferência de apresentação de Messi, que decorreu na manhã desta quarta-feira, Nasser Al-Khelaïf, afirmou que “agora todos querem ver o PSG de Messi”, mas a verdade é que o argentino de 34 anos não é a única “estrela” do clube francês.

E já é longa a lista milionária de craques à qual se junta agora Lionel Messi, com o avançado argentino a auferir um salário de 35 milhões de euros anuais

Há já dez anos à frente do PSG, o empresário qatari já desembolsou nada mais, nada menos do que 1,3 mil milhões de euros em contratações de jogadores como Zlatan Ibrahimovic, Kylian Mbappé, Angel Di Maria ou Neymar - este último foi mesmo o jogador mais caro da história do futebol -, entre muitos, muitos outros.

Contratação mais cara da história do futebol

No Verão de 2011, Javier Pastore foi a primeira grande contratação do PSG por 42 milhões de euros, proveniente do Parma. Na altura, a sua transferência foi a maior da história da Ligue 1.

Na época seguinte, Ibrahimovic saiu do AC Milan para o PSG por 21 milhões. Na temporada 2012/2013, David Beckham chegou livre ao clube francês, mas tornou-se uma das imagens de marca do PSG, com um ordenado a rondar os 700 mil euros por mês, segundo adiantou a imprensa desportiva na altura, valor que foi doado pelo internacional inglês a uma instituição de caridade

Um ano depois, foi a vez de Cavani chegar a Paris, proveniente do Nápoles, por 64,5 milhões de euros. Foi um novo recorde para a Liga francesa. No mesmo ano, 49,5 milhões de euros foi o valor pago ao Chelsea por David Luiz.

Na época seguinte os bolsos do milionário qatari continuaram fundos e Ángel Di Maria juntou-se ao trio de ataque já então constituído por Ibrahimovic e Cavani, vindo do Manchester United por 63 milhões.

O PSG voltou a apostar forte no mercado de transferências no Verão de 2017 com a contratação de Kylian Mbappé, emprestado pelo Mónaco, mas com a transferência em definitivo na época seguinte por 145 milhões de euros.

Mas, até então, nenhuma destas contratações milionárias, bateu a dimensão da de Neymar. Também em 2017, o brasileiro foi contratado ao Barcelona por 222 milhões de euros, sendo até hoje o jogador mais caro da história do futebol.

Em 2018, foi a vez de Gianluigi Buffon vestir a camisola do PSG, tendo chegado como um jogador livre da Juventus. A imprensa desportiva adiantou que o experiente guarda-redes italiano recebia um salário de 5 milhões de euros anuais.

E já na presente temporada, Achraf Hakimi chegou proveniente do Inter Milão por 70 milhões de euros, sendo o defesa mais caro da era Qatar Sports Investments, grupo que detém o PSG e que é liderado por Nasser Al-Khelaïfi.

Também neste Verão, Sergio Ramos reforçou a defesa central do PSG, tendo chegado como um jogador livre, após 16 anos ao serviço do Real Madrid. O mesmo aconteceu com Donnarumma, proveniente do AC Milan. Ambos os jogadores auferem um salário de 20 milhões de euros por ano, segundo avança a imprensa desportiva.

De acordo com a mesma imprensa, serão cerca de 300 milhões de euros que o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, vai desembolsar só em salários de jogadores.

PSG cumpre fair-play financeiro

Ainda que já tenha sido acusado em diversas ocasiões de ter violado as regras do fair-play financeiro, sem nunca ter sido condenado, Al-Khelaïfi assegurou esta quarta-feira, na conferência de imprensa de apresentação de Messi, que o clube cumpre os regulamentos da UEFA.

“Em relação ao aspecto financeiro, vou deixar claro: conhecemos as regras do fair-play financeiro e seguiremos sempre os regulamentos. Antes de fazer alguma coisa, reunimo-nos com os nossos departamentos comercial, jurídico e financeiro. Se o fizemos [contratar Messi], é porque temos capacidade para tal. Caso contrário, não o teríamos feito”, afirmou.

Nos últimos dez anos, sob a presidência de Al-Khelaïfi, o PSG já arrecadou sete Ligas francesas, seis Taças de França, seis Taças da Liga francesas e oito Supertaças de França. 

Fica a faltar a tão desejada Liga dos Campeões (clube francês perdeu a final de 2019/20 diante do Bayern Munique por 1-0), que Lionel Messi ainda nesta quarta-feira mostrou vontade em querer voltar a erguer.

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