Economia circular de Lisboa está a ser mapeada

O objectivo é fazer um mapeamento interactivo de todas as iniciativas no concelho de Lisboa. Para participar basta mencionar uma actividade de economia circular nas redes sociais do CEC Lisboa.

Foto
Getty Images

O Clube de Economia Circular (CEC) de Lisboa está à procura de sugestões de iniciativas para fazer um mapeamento interactivo de actividades que promovam a economia circular no concelho. A ideia é tornar a iniciativa mais comunitária e envolver as pessoas, que a cada semana, nas redes sociais do grupo, podem comentar projectos ou negócios que cumpram este requisito.

“Achamos que seria interessante envolver a população no processo e desafiámos as pessoas, a cada semana que sai uma categoria, a mencionar um serviço de economia circular nas redes sociais”, diz Marta Brazão, voluntária e uma das organizadoras do CEC Lisboa ao P3. Para participar basta cumprir o critério da categoria que é proposta durante essa semana e, mais tarde, a equipa faz uma selecção das sugestões.

Numa primeira fase a equipa reuniu-se para pensar nas categorias em que as actividades poderiam ser organizadas, e este foi o resultado: estabelecimentos de reparação, sítios de trocas, comércios de segunda mão, lojas a granel, negócios ecológicos, bibliotecas e hortas e compostagem. “Depois os próprios negócios também partilham o mapa. Há mais uma lógica de cooperação do que de competição”, refere.

Foto
Clube de Economia Circular de Lisboa

À partida, o processo de recolha termina ainda este mês. Nesse momento toda a informação será organizada e cada um dos serviços catalogados, agregando informação útil para o consumidor, como a morada, horário, contactos e uma breve descrição, explica Marta Brazão. Em 2017, já tinha sido feito um mapeamento a nível nacional, mas desde então surgiram mais iniciativas e a informação acabou por ficar desactualizada.

Marta Brazão recorda que a economia circular é o modelo económico, ambiental e social alternativo ao modelo linear actual, baseado no desperdício de materiais e que assenta na lógica de produtos finitos e descartáveis. “Queremos romper esta lógica e promover a reutilização de produtos que já temos, garantido o mínimo de desperdício possível, regenerando ecossistemas e tendo em consideração o ciclo de vida do produto”, explica esta voluntária do CEC Lisboa.

No final, o objectivo é “inserir tudo no mapa, como se fosse um Google Maps”, menciona. Prevê-se que o mapa interactivo esteja disponível online no final deste ano e a equipa idealiza ainda que este possa vir a integrar o site da Câmara Municipal de Lisboa, para chegar a mais gente.

Texto editado por Abel Coentrão

Sugerir correcção
Comentar