As desterradas: uma revolta feminina medieval resgatada da História

Das ruínas de um mosteiro abandonado na Galiza, Carme Varela desenterrou uma revolta feminina apagada dos livros de História. Por volta do século XVI o reino de Castela forçava centenas de freiras beneditinas galegas a abandonarem os seus conventos para se apropriar dos seus domínios. No livro As Desterradas, conta-se, pela primeira vez, os últimos dias de um grupo de resistentes junto à fronteira com Portugal.

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Se a voz das freiras de San Salvador de Albeos volta hoje a soar sob cinco séculos de escombros e de silêncio, é antes de mais porque há alguém que finalmente a tentou ouvir. No local onde se erguia o mosteiro românico beneditino, na pequena localidade galega frente a Melgaço, do outro lado do rio Minho, a memória da revolta das freiras que desafiaram a coroa de Castela e o papado parecia ter cedido à passagem do tempo, como a estrutura do edifício em ruínas, parcialmente soterrado e, até há bem pouco, encoberto por trepadeiras.

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