André Ventura infectado com o novo coronavírus. Líder do Chega não está vacinado

Deputado confirmou ao PÚBLICO que realizou dois teste de antigénio este domingo e que se encontra em isolamento.

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O deputado não foi vacinado Nuno Ferreira Santos

O líder do Chega, André Ventura, está infectado com o novo coronavírus e encontra-se em isolamento, confirmou o próprio ao PÚBLICO, através de mensagem escrita. O deputado, de 38 anos, adiantou ainda que não recebeu qualquer dose da vacina contra a covid-19, garantindo estar sem sintomas do vírus.

André Ventura realizou dois testes de antigénio este domingo, sendo agora obrigado a suspender toda a agenda política. O líder do Chega, em isolamento após indicação da Direcção-Geral da Saúde, será substituído em algumas acções políticas pelo vice-presidente do partido, António Tânger.

Em Janeiro passado, no discurso de encerramento da campanha presidencial, André Ventura mostrou-se contra a prioridade dada a titulares de altos cargos públicos no acesso à vacina contra a covid-19, prometendo ser “o último a ser vacinado em Portugal”.

O deputado único do Chega, de 38 anos, já podia ter marcado uma vacina a partir do dia 21 de Junho, data em que o portal de auto-agendamento abriu marcações para as pessoas com 37 ou mais anos. Um mês depois, dia 20 de Julho, foi aberta a modalidade “casa aberta” para pessoas com mais de 35 anos: pessoas nesta faixa etária podiam ser vacinadas, sem marcação, nos centros de vacinação. 

Na terça-feira, o dirigente do Chega foi acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de desobediência simples, por causa de um jantar-comício a 17 de Janeiro, durante a campanha das eleições presidenciais – num período em que vigorava o estado de emergência no país. Neste evento da campanha, Ventura juntou 170 pessoas num restaurante no distrito de Braga: muitos destes participantes não respeitaram o distanciamento de segurança nem o uso de máscara. De acordo com o MP, os promotores do jantar ignoraram um parecer negativo das autoridades de saúde. André Ventura disse que a acusação “não se compreende”, queixando-se de uma alegada “perseguição política”. 

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