Já é conhecido o tema do calendário Pirelli 2022. Cher é uma das protagonistas

A edição do próximo ano terá como título On The Road (Na estrada, em tradução livre) e é uma homenagem aos músicos e à vida em digressão.

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A cantora Cher, de 75 anos, é uma das protagonistas da 48.ª edição do calendário DR/Pirelli
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Iggy Pop DR/Pirelli
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Jennifer Hudson DR/Pirelli
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Rita Ora DR/Pirelli
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Normani DR/Pirelli
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Grimes DR/Pirelli
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St Vincent DR/Pirelli
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?Saweetie DR/Pirelli

Já se sabia que será o músico Bryan Adams o responsável por fotografar o icónico calendário Pirelli do próximo ano, mas agora foram revelados novos detalhes. A edição de 2022 terá como título On The Road (Na estrada, em tradução livre) e é uma homenagem aos músicos e à vida em digressão. Em quase 50 edições, é a primeira vez que o “The Cal” (como também é conhecido) celebra a indústria da música.

A deusa da pop Cher, que este ano celebrou 75 anos e terá um filme dedicado à sua vida, é uma das estrelas da 48.ª edição do calendário Pirelli. A ela juntam-se Grimes, Jennifer Hudson, Normani, Rita Ora, Iggy Pop, St Vincent, Kali Uchis, Saweetie e Bohan Phoenix ─ todos ligados ao universo da música. Foram fotografados por Bryan Adams, ao longo das últimas semanas, em Los Angeles, Califórnia, EUA, e na ilha italiana de Capri.

“Na estrada é onde tenho estado nos últimos 45 anos, porque a vida de músico é feita para a estrada, as viagens, a espera nos hotéis, e as horas nos bastidores”, sublinha o músico e fotógrafo canadiano à edição britânica da revista Vogue. Bryan Adams aproveitou a oportunidade para celebrar os artistas, num período que tem sido tão conturbado para indústria da música, que viu os grandes espectáculos e digressões sucessivamente adiados, fruto da pandemia de covid-19.

Ainda só estão disponíveis algumas imagens dos bastidores, mas já é possível vislumbrar a cantora Rita Ora a tomar um banho de lantejoulas, Jennifer Hudson a pousar no Palace Theatre, em Los Angeles, e Cher a ver-se ao espelho nos bastidores. A direcção artística do calendário ficou a cargo do designer gráfico alemão Dirk Rudolph, com quem Bryan Adams colabora desde 1996. Em conjunto pretendem transmitir o outro lado do mundo do espectáculo, não só o drama e o glamour, mas também a melancolia e solidão que assola os artistas.

Cada fotografia pretende também, ainda que indirectamente, contar a história de cada um dos artistas. “Não é preciso um livro sobre cada pessoa para contar a história por inteiro. É um vislumbre ─ e um vislumbre interessante ─ de cada uma”, garante Bryan Adams, de 61 anos, que passou grande parte da sua infância e adolescência em Portugal, dada a profissão do seu pai, que era embaixador.

Não é a estreia do cantor nestas andanças,. Bryan Adams já fotografou para publicações como a Vogue, a Vanity Fair, a GQ ou a Harper's Bazaar. Além disso, co-fundou, em 2003, a sua própria revista ligada ao mundo das artes, a Zoo, na qual participa também como fotógrafo em inúmeras ocasiões. Como se não bastasse, o artista tem ainda diversos livros de fotografia, que foi lançando ao longo das últimas décadas, entre os quais American Women (2004), Exposed (2012), Wounded: The Legacy of War (2014) e Homeless (2019).

O portefólio de Bryan Adams conta já com retratos de personalidades como Mick JaggerAmy Winehouse e até a rainha Isabel II, entre muitas outras que teve oportunidade de captar ao longo do seu percurso, a que se irão somar agora as estrelas do regresso do calendário Pirelli.

O “The Cal” tornou-se conhecido pelas imagens provocadoras de modelos com pouco roupa, num estilo pin-up, e nos últimos anos tem feito um percurso de renovação. Para 2016, quebrou com a tradição e escolheu a célebre Annie Leibovitz para fotografar mulheres “inspiradoras” como Patti Smith, Yoko Ono, Serena Williams e Natalia Vodanova. Desde então, já desafiou os ideais de juventude de Hollywood, com ​Peter Lindbergh, reinterpretou o tema Alice no País das Maravilhas de forma inclusiva, pela lente de Tim Walkem, contou a história de quatro mulheres, com o escocês Albert Watson e, em 2020, o fotógrafo italiano Paolo Roversi decidiu ir em busca da “Julieta que existe em todas as mulheres”.

A pandemia obrigou à suspensão do número de 2021, mas não foi a primeira vez que o calendário não saiu à rua. No passado, a sua publicação foi suspensa, entre 1975 e 1983, por dificuldades económicas. Em 2022 estará de regresso para celebrar, para mostrar o outro lado da indústria da música.

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