Sparks: a arte de renascer constantemente

Para os irmãos Russell e Ron Mael, 2021 ficará como o ano em que estrearam o musical Annette, de Leos Carax, e o documentário que Edgar Wright realizou para contar a sua história. The Sparks Brothers chega às salas nacionais a 9 de Setembro e é um belo retrato de uma banda incalculavelmente influente, que se redefine sempre que pensamos que vai desaparecer. Há grande probabilidade, caro(a) leitor(a), de os Sparks serem a banda preferida da sua banda preferida. Como é possível um grupo ser, ao mesmo tempo, incrivelmente influente e subestimado?

Foto
Michael Ochs Archives/Getty Images

Os irmãos Russell e Ron Mael (72 e 75 anos, respectivamente) sentiram grande entusiasmo quando começaram a criar o musical Annette, mas também foram visitados por fantasmas antigos. Nos anos 1970, os líderes dos Sparks, uma das instituições mais camaleónicas e influentes que a música pop já conheceu, trocaram ideias com Jacques Tati para a realização de um filme colaborativo, mas o débil estado de saúde do cineasta francês (que viria a morrer em 1982) impediu a concretização do projecto. Similarmente, os músicos passaram o final dos anos 1980 e o início da década seguinte a escrever uma tentativa de adaptação do manga japonês Mai, the Psychic Girl — e até tiveram sorte com o pitch que fizeram a Tim Burton —, mas também essa ideia não se concretizou. Um terceiro falhanço teria sido demasiado desmoralizador.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 3 comentários