Duas etapas, duas vitórias de Rafael Reis na Volta a Portugal

O ciclista setubalense, de 29 anos, triunfou na sua cidade e, vestido com a camisola amarela, cruzou a meta de braços cruzados, tal foi a superioridade que demonstrou na chegada à Avenida Luísa Todi.

Foto
LUSA/NUNO VEIGA

Até ver, a Volta a Portugal 2021 é propriedade exclusiva de Rafael Reis. O ciclista da Efapel venceu nesta quinta-feira a segunda etapa da prova portuguesa, depois de já ter vencido o prólogo do primeiro dia.

O ciclista de setubalense, de 29 anos, triunfou na sua cidade e, vestido com a camisola amarela, cruzou a meta de braços cruzados, tal foi a superioridade que demonstrou na chegada à Avenida Luísa Todi, à frente de Alex Molenaar (Burgos) e Sergio Samitier (Movistar).

Rafael Reis é, agora, ainda mais líder da classificação, ainda que a luta pelo triunfo final não seja, em tese, uma prioridade para o sadino. Entre os favoritos ao triunfo na Volta ninguém perdeu tempo, pelo que a corrida continua totalmente aberta. Mauricio Moreira (Efapel), a 13 segundos, e Diego López (Kern), a 17, completam o pódio actual da corrida.

A etapa desta quinta-feira teve, como se esperava, uma fuga durante quase todo o percurso. Foram três os aventureiros: Carlos Miguel Salgueiro (LA Alumínios), Willem Smit (Burgos) e Garikoitz Bravo (Euskaltel).

A vantagem do trio pareceu sempre controlada pela Efapel e pela W52-FC Porto na cabeça do pelotão e os fugitivos foram neutralizados a cerca de 20 quilómetros do final. Aí, havia a subida à Arrábida, uma escalada de segunda categoria que não “mataria” o pelotão, mas faria, por certo, alguma selecção de valores.

Foi o que aconteceu, com o início dos ataques a alongarem um pouco o grupo e “cortarem” alguns corredores menos talhados para a vertente montanhosa. Carlos Oyarzún (Louletano) e Hugo Nunes (Boavista) ainda saltaram do grupo, mas apenas com a ideia de somarem pontos para a camisola de montanha. Cumprido o objectivo, reagrupou-se o pelotão na fase mais rápida da etapa, na descida para Setúbal.

Mas só até o camisola amarela, Rafael Reis, decidir arriscar tudo na descida. O corredor da Efapel aventurou-se a alta velocidade – ia até tendo um acidente com uma mota – e ninguém teve capacidade para seguir o ritmo alucinante do rolador português.

O setubalense queria entrar na sua cidade como “rei” da corrida e, no pelotão, a perseguição era suave – até porque Rafael Reis, que deverá acabar por vacilar na alta-montanha, não é uma ameaça à vitória final na Volta.

Já só na recta da meta o pelotão pôde por os olhos em Rafael Reis, mas fê-lo à distância. O camisola amarela venceu mesmo e fê-lo de braços cruzados e patrocínios bem destacados para a transmissão televisiva.

Para esta sexta-feira há 162,1 quilómetros entre Ponte de Sor e Castelo Branco. Em tese, apesar de uma pequena subida de terceira categoria já nos últimos 15 quilómetros, haverá final ao sprint.

Sugerir correcção
Comentar