Rafael Reis é o primeiro camisola amarela da Volta a Portugal

Entre os principais candidatos ao triunfo na corrida, Gustavo Veloso e António Carvalho perderam 20 segundos, Jóni Brandão 21 e João Rodrigues 22. Só Frederico Figueiredo, a 33 segundos, e o actual campeão, Amaro Antunes, a 37, perderam mais terreno, ainda que pouco significativo nas contas.

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Rafael Reis em acção na Volta Efapel Oficial

Desportivamente, a primeira etapa da Volta a Portugal 2021 de pouco serviu. Simbolicamente, serviu para coroar Rafael Reis (Efapel), o primeiro a vestir a camisola amarela.

Num contra-relógio individual na zona de Belém, em Lisboa, o ciclista sadino foi o mais rápido a percorrer os curtos 5,4 quilómetros de “crono” totalmente plano. Quando Rafael Reis cruzou a meta, às 17h05, pulverizou aquele que era o melhor tempo até então. Foram 6m10s, menos 11 segundos do que os anteriores líderes do “crono” lisboeta, Mauricio Moreira (Efapel) e Lluis Mas (Movistar).

Entre os principais candidatos ao triunfo na corrida, Gustavo Veloso e António Carvalho perderam 20 segundos, Jóni Brandão 21 e João Rodrigues 22. Só Frederico Figueiredo, a 33 segundos, e o actual campeão, Amaro Antunes, a 37, perderam mais terreno, ainda que pouco significativo nas contas, sobretudo porque ambos trazem valências mais fortes em terrenos montanhosos.

Na antevisão da corrida, Joaquim Gomes, director da corrida, tinha dito que que olhando para as três Grandes Voltas, França, Itália e Espanha, “há muito que se abandonou aquele formato de primeira semana para aquecer, para os sprinters”.

Apesar de ter cumprido a promessa e desenhado uma corrida dura logo nos primeiros dias, a excepção foi esta primeira etapa, com um prólogo pouco rico na vertente desportiva. O percurso não era apenas curto, como tinha zonas pouco técnicas – com início e final na Praça do Império, grande parte do “crono” foi feito em linha recta na Avenida da Índia. Foi, portanto, sem surpresa que o triunfo tenha calhado a um contra-relogista puro como Rafael Reis, que faz hat-trick de triunfos no prólogo da Volta, depois das vitórias em 2016 e 2018.

Para esta quinta-feira está agendada a primeira etapa “a sério”. O pelotão enfrenta uma tirada de 175,8 quilómetros, entre Torres Vedras e Setúbal, num percurso que não é dos mais duros, mas que terá uma subida à Arrábida já perto da meta.

Será uma escalada de segunda categoria suficiente para fazer alguma selecção de valores, ainda que a chegada à meta seja já em terreno plano.

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