PSP abre processos disciplinares por uso indevido de farda em manifestação do Movimento Zero

Fardamento policial só pode ser usado pelo agente em serviço, esclarece porta-voz da PSP.

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Manifestação do Movimento Zero Daniel Rocha

A PSP abriu processos disciplinares, por uso indevido de farda, a agentes que participaram em 21 de Junho, em Lisboa, numa manifestação organizada pelo Movimento Zero, confirmou esta sexta-feira à Lusa o porta-voz, Nuno Carocha.

O porta-voz da PSP disse, sem avançar o número de agentes visados, que “processos disciplinares estão a ser instruídos” por “possível uso indevido de uniforme”.

Nuno Carocha explicou que, de acordo com o regulamento da PSP, o fardamento policial só pode ser usado pelo agente em serviço. A notícia foi inicialmente avançada esta sexta-feira pela revista Visão.

Algumas centenas de elementos da PSP e da GNR pertencentes ao Movimento Zero protestaram a 21 de Junho, durante cerca de 11 horas, numa concentração que começou em frente à Assembleia da República e que depois se espalhou pelas principais vias de Lisboa num desfile que durou cerca de duas horas e meia e bloqueou o trânsito, não estando este percurso autorizado.

Depois de se manifestarem pelas ruas de Lisboa e de uma passagem pelo Ministério da Administração Interna, os elementos das forças de segurança voltaram para junto da Assembleia da República, onde o policiamento foi reforçado durante a tarde com elementos da Unidade Especial de Polícia, após alguns manifestantes terem vestido o pólo de serviço da PSP e da GNR, bem como colocarem o boné da Guarda Nacional Republicana, o que é considerado uso indevido da farda.

O Ministério Público abriu um inquérito à manifestação e a Inspecção-Geral da Administração Interna anunciou um processo administrativo.

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