Quase 70 casos de covid-19 identificados nas finais dos Campeonatos Nacionais Universitários

Maioria das infecções proveniente de equipas de Lisboa e Évora concentraram-se na primeira semana da competição. Casos na última semana foram “residuais”.

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Fases Finais Covilhã-Fundão decorreram nas últimas duas semanas DR

Foram identificados, até esta sexta-feira, 67 casos positivos de covid-19 entre os participantes das Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários, que decorreram durante as últimas duas semanas na Covilhã e no Fundão, em Castelo Branco. Os focos de infecções aconteceram sobretudo em equipas provenientes de Lisboa e de Évora, confirmou o PÚBLICO junto da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), entidade organizadora da competição.

“A esmagadora maioria dos casos positivos têm origem em equipas provenientes de Évora e Lisboa, e em equipas que iniciaram a competição na primeira semana das Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários Covilhã-Fundão 2021 (entre 19 e 23 de Julho)”, adiantou a FADU. 

A competição envolveu 1269 pessoas, ou seja, o número de infectados representa cerca de 5% do total dos participantes. 

Depois de confirmados os primeiros casos positivos de covid-19, durante a primeira semana da competição, também os dirigentes e oficiais dos clubes que permaneceram entre a primeira e a segunda semanas fizeram testes PCR, “não sendo encontrado nenhum caso positivo”, denota a FADU.

Nesta segunda e última semana do evento, que terminou esta sexta-feira, os casos são “residuais”. São “praticamente todos localizados em equipas provenientes de Lisboa, zona do país onde se tem verificado [nas últimas semanas] maior número de casos diários, precisamente na faixa etária que as nossas competições abrangem”.

Para identificar contactos de risco, foram utilizados os critérios definidos pela norma 036/2020 da Direcção-Geral da Saúde, que define as orientações para o desporto no âmbito do combate à pandemia. Isso significa que “os atletas e equipa técnica da equipa na qual foi identificado um caso positivo foram considerados contactos de um caso confirmado”.

Porém, o facto de ser identificado um caso positivo numa equipa “não torna, por si só, obrigatório o isolamento colectivo da equipa”, como consta da referida norma, uma vez que “foram implementadas medidas de prevenção e controlo de infecção, bem como testagem a todos os elementos dessa equipa”. A organização acrescenta ainda que “por prevenção, o médico da competição entendeu colocar em isolamento todos os colegas de quarto dos casos positivos, mesmo com a realização de um teste PCR.” 

“Simultaneamente, seguindo o procedimento habitual em todas as competições da FADU, as equipas que competiram com a equipa do(s) caso(s) confirmado(s) foram avisadas e a testagem continuou a decorrer”, dá ainda nota aquela entidade.

Entre as medidas adoptadas no combate à propagação do SARS-CoV-2, a FADU diz ter destacado a fixação de um médico permanente para todo o evento. Por outro lado, todas as equipas foram testadas à chegada, “apesar da quase totalidade de modalidades em competição serem modalidades de médio risco e, por isso, sem obrigatoriedade de testagem.” Além disso, os clubes voltaram a ser testados na passagem da fase de grupos para as eliminatórias. 

Outra das medidas impostas foi a concentração das refeições nas cantinas da Universidade de Beira Interior como forma de evitar que os participantes se dispersassem pelos restaurantes das duas cidades que acolheram o evento.

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