Fotografia

Dia dos Avós. Vamos criar um álbum vintage de homenagem?

Os nossos avôs, Júlia Taveira e Manuel Cunha. A Júlia é uma ávida contadora de histórias e a eterna ama e cuidadora de muitas crianças, que hoje são adultos, e muito lhes ensinou. O Sr. Cunha, como ainda hoje é conhecido, é o homem dos sete ofícios: sapateiro, talhante, empregado de mesa, camionista, bancário e diretor de um centro social. Lutaram por um futuro melhor e recomeçaram do zero mais do que uma vez porque a vida assim os obrigou. São o verdadeiro exemplo de sacrifício e sucesso onde ainda hoje, tudo o que fazem é sempre assim: cúmplices e felizes. No dia desta fotografia, estavam de férias no Gerês com as suas quatro filhas. Carlos Silva e Mariana Silva
Fotogaleria
Os nossos avôs, Júlia Taveira e Manuel Cunha. A Júlia é uma ávida contadora de histórias e a eterna ama e cuidadora de muitas crianças, que hoje são adultos, e muito lhes ensinou. O Sr. Cunha, como ainda hoje é conhecido, é o homem dos sete ofícios: sapateiro, talhante, empregado de mesa, camionista, bancário e diretor de um centro social. Lutaram por um futuro melhor e recomeçaram do zero mais do que uma vez porque a vida assim os obrigou. São o verdadeiro exemplo de sacrifício e sucesso onde ainda hoje, tudo o que fazem é sempre assim: cúmplices e felizes. No dia desta fotografia, estavam de férias no Gerês com as suas quatro filhas. Carlos Silva e Mariana Silva

Um rebuçado às escondidas, uma notinha para um gelado, uma palavra de carinho e protecção: assim são os avós. Esta segunda-feira, 26 de Julho, assinala-se o dia deles e, mais do que nunca, há que lembrá-los. Os que ainda cá estão e os que, infelizmente, já não estão.

Queremos conhecer os teus avós. Até à noite desta quarta-feira, 28 de Julho, envia-nos fotos antigas, de quando eles eram da tua idade ou um pouco mais velhos, para publicop3@gmail.com, em formato .jpg ou .png com indicação do teu nome e o tópico "Dia dos Avós" no assunto do email. Diz-nos como se chamam e conta-nos um pouco da sua história. Vamos publicar algumas dessas imagens neste álbum vintage de homenagem (sem nos esquecermos de os saudar pessoalmente). 

Nunca olhei um amar tão profundo e tão apaixonado como o dos meus avós, Laura e Vítor. O amar deles desafia a eternidade. Os meus avós construíram uma casa no verbo amar e nós temos a sorte de a povoar. Se me dissessem que tinham sido eles a dar à luz ao verbo amar… eu acreditaria. Como acredito que o meu amar tem muito da forma como me amam e como se amam. Há amores que a vida não consegue sequer conceder menos do que a eternidade.
Nunca olhei um amar tão profundo e tão apaixonado como o dos meus avós, Laura e Vítor. O amar deles desafia a eternidade. Os meus avós construíram uma casa no verbo amar e nós temos a sorte de a povoar. Se me dissessem que tinham sido eles a dar à luz ao verbo amar… eu acreditaria. Como acredito que o meu amar tem muito da forma como me amam e como se amam. Há amores que a vida não consegue sequer conceder menos do que a eternidade. Sofia S.
O meu avô paterno, Fernando Durães. Não nasci a tempo de o conhecer. Era pai de quatro, contabilista, adepto fervoroso do Gil Vicente. Ganhou o respeito de muitos barcelenses por, juntamente com os seus irmãos, ensinar a nadar (e salvar vidas) no rio de Barcelinhos, a freguesia onde viveu.
O meu avô paterno, Fernando Durães. Não nasci a tempo de o conhecer. Era pai de quatro, contabilista, adepto fervoroso do Gil Vicente. Ganhou o respeito de muitos barcelenses por, juntamente com os seus irmãos, ensinar a nadar (e salvar vidas) no rio de Barcelinhos, a freguesia onde viveu. Mariana Durães
Ana Dias Silva, a minha avó materna. Saía de Barcelos com cestas à cabeça para as vender por aí. Nunca conheceu a riqueza — antes a humildade e a honestidade —, até chegarem os netos. Transformou as dores da vida em amor por eles. Partiu em 2016, sem nunca deixar de ser lembrada.
Ana Dias Silva, a minha avó materna. Saía de Barcelos com cestas à cabeça para as vender por aí. Nunca conheceu a riqueza — antes a humildade e a honestidade —, até chegarem os netos. Transformou as dores da vida em amor por eles. Partiu em 2016, sem nunca deixar de ser lembrada. Mariana Durães
Azambuja, 1958.  "As pessoas aqui não tinham luz, havia gente que era tão pobre que nem velas tinha: usavam um trapo numa taça de azeite e era assim a vida".   A menina Geninha era uma privilegiada. Sabia ler, usava sapatos, ia ver as lojas a Lisboa e já na altura era no Chiado que comprava o café para a sua máquina de balão, coisas vidradas e modernas desse tempo. Uma menina com carta de condução num Ribatejo feudal, analfabeto, de pés descalços sob as mantas lobeiras, em que nas casas, de rés de chão, pois o primeiros andares eram coisa de gente fina, a televisão era uma miragem tão desfocada, e rara, como a Emissora Nacional.   "E era assim a vida", por isso, volvidos 60 anos sobre essa fotografia, a menina Geninha não consegue perceber como é que há gente com saudades do Dr. Salazar e da vida de antes… mas isso deve ser por causa das leituras, dos sapatos e das idas a Lisboa para comprar café...  Outros tempos.
Azambuja, 1958. "As pessoas aqui não tinham luz, havia gente que era tão pobre que nem velas tinha: usavam um trapo numa taça de azeite e era assim a vida". A menina Geninha era uma privilegiada. Sabia ler, usava sapatos, ia ver as lojas a Lisboa e já na altura era no Chiado que comprava o café para a sua máquina de balão, coisas vidradas e modernas desse tempo. Uma menina com carta de condução num Ribatejo feudal, analfabeto, de pés descalços sob as mantas lobeiras, em que nas casas, de rés de chão, pois o primeiros andares eram coisa de gente fina, a televisão era uma miragem tão desfocada, e rara, como a Emissora Nacional. "E era assim a vida", por isso, volvidos 60 anos sobre essa fotografia, a menina Geninha não consegue perceber como é que há gente com saudades do Dr. Salazar e da vida de antes… mas isso deve ser por causa das leituras, dos sapatos e das idas a Lisboa para comprar café... Outros tempos. Simão Ribeiro de Carvalho
Joaquim Tavares, meu avô materno. Agricultor, madrugador, coração mole. Enquanto a energia lhe permitiu, passava os dias na fazenda, de volta das suas pereiras. Era eu que muitas vezes o recebia ao final do dia. "Oh pequenina!", chamava ele ao portão. E eu lá ia, ajudá-lo a lavar as mãos na pia do quintal. Infelizmente, já lá vão os anos em que ele saía de sol a sol. Quem teve a sorte de o conhecer sabe que ele era um homem amigo de todos, sempre disposto a ajudar. Fez muito pela terra onde nasceu, Painho, mas fez mais ainda por mim. Foi um pai. Recordarei para sempre o seu sorriso, a sua mania de escrever todos os dias a meteorologia na agenda e o carinho com que rezava pelas suas "ricas meninas", a minha irmã e eu.
Joaquim Tavares, meu avô materno. Agricultor, madrugador, coração mole. Enquanto a energia lhe permitiu, passava os dias na fazenda, de volta das suas pereiras. Era eu que muitas vezes o recebia ao final do dia. "Oh pequenina!", chamava ele ao portão. E eu lá ia, ajudá-lo a lavar as mãos na pia do quintal. Infelizmente, já lá vão os anos em que ele saía de sol a sol. Quem teve a sorte de o conhecer sabe que ele era um homem amigo de todos, sempre disposto a ajudar. Fez muito pela terra onde nasceu, Painho, mas fez mais ainda por mim. Foi um pai. Recordarei para sempre o seu sorriso, a sua mania de escrever todos os dias a meteorologia na agenda e o carinho com que rezava pelas suas "ricas meninas", a minha irmã e eu. Susana Sobreiro
Apresento-vos a minha avó, Teresa Amaral mais conhecida como Vó Té. Mãe não de 1, 2 ou até 3 mas sim... 10. Foi mãe de outros tantos e avó de muitos mais com quem não partilhava sangue, mas sempre partilhou o coração. A minha avó nunca tinha pressa, ouvia as nossas histórias, queixas e piadas até ao fim. Trautear, cozinhar e cuidar de todos eram os seus dons. Deixou muito mais que saudade. Deixou todo um legado de pessoas que tentam ser metade daquilo que ela foi.
Apresento-vos a minha avó, Teresa Amaral mais conhecida como Vó Té. Mãe não de 1, 2 ou até 3 mas sim... 10. Foi mãe de outros tantos e avó de muitos mais com quem não partilhava sangue, mas sempre partilhou o coração. A minha avó nunca tinha pressa, ouvia as nossas histórias, queixas e piadas até ao fim. Trautear, cozinhar e cuidar de todos eram os seus dons. Deixou muito mais que saudade. Deixou todo um legado de pessoas que tentam ser metade daquilo que ela foi. Eduarda Azevedo
Sou a Helena e tenho 12 anos. Os meus avós moram em Viana do Castelo e chamam-se António e Felisbela Costa. Conheceram-se em Vila Nova de Cerveira mas só casaram muito tempo depois de começarem a namorar, pois o meu avô esteve muitos anos na Angola. Vão comemorar 50 anos de casados em Outubro. A minha avó nasceu em 1945 e diz: "Quando eu nasci, veio a paz ao mundo." O meu avô nasceu em 1947. Trabalharam muito toda a vida e o meu avô decidiu reformar-se logo que eu nasci. Por nossa causa (minha e da minha irmã) o meu avô começou a fazer "papeludos", um passatempo que ainda mantém. Gosto de passar tempo com eles porque são divertidos, honestos, simpáticos e porque me fazem todas as vontades. Se vocês os conhecerem também vão gostar muito deles e das suas histórias.
Sou a Helena e tenho 12 anos. Os meus avós moram em Viana do Castelo e chamam-se António e Felisbela Costa. Conheceram-se em Vila Nova de Cerveira mas só casaram muito tempo depois de começarem a namorar, pois o meu avô esteve muitos anos na Angola. Vão comemorar 50 anos de casados em Outubro. A minha avó nasceu em 1945 e diz: "Quando eu nasci, veio a paz ao mundo." O meu avô nasceu em 1947. Trabalharam muito toda a vida e o meu avô decidiu reformar-se logo que eu nasci. Por nossa causa (minha e da minha irmã) o meu avô começou a fazer "papeludos", um passatempo que ainda mantém. Gosto de passar tempo com eles porque são divertidos, honestos, simpáticos e porque me fazem todas as vontades. Se vocês os conhecerem também vão gostar muito deles e das suas histórias. Helena Borges
Esta foto é de quando os meus avós casaram a 19 de Setembro de 1954. Infelizmente, o meu avô já faleceu.
Esta foto é de quando os meus avós casaram a 19 de Setembro de 1954. Infelizmente, o meu avô já faleceu. Luis Fortunato
Os meus avós paternos, Maria Júlia Meireles Esquível e António Esquível, com as filhas Rita e Francisca, nos anos 20. Conheceram-se em Coimbra, quando a minha avó trabalhava numa chapelaria. Ela era uma mulher muito bonita, que passeava na varanda detrás da casa dos meus avós com livros na cabeça para manter a postura, nunca apanhava sol, tinha uma pele linda e cheirava sempre maravilhosamente bem. Vindo do Algarve, o meu avô foi estudar para Coimbra matemáticas - com 15 anos, foi o aluno mais novo de então. Trabalhou como professor, foi militar na altura das guerras Miguelistas e combateu na Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, em Portugal, partiu da Academia de Ciências de Lisboa por discordar com os seus pares e partiu para Moçambique, como adido militar. Era um homem excepcionalmente inteligente, tranquilo, de uma bondade imensa. Cultivava morangos em latas, íamos para a biblioteca de sua casa, em Maputo, onde nos ensinava geografia e história.
Os meus avós paternos, Maria Júlia Meireles Esquível e António Esquível, com as filhas Rita e Francisca, nos anos 20. Conheceram-se em Coimbra, quando a minha avó trabalhava numa chapelaria. Ela era uma mulher muito bonita, que passeava na varanda detrás da casa dos meus avós com livros na cabeça para manter a postura, nunca apanhava sol, tinha uma pele linda e cheirava sempre maravilhosamente bem. Vindo do Algarve, o meu avô foi estudar para Coimbra matemáticas - com 15 anos, foi o aluno mais novo de então. Trabalhou como professor, foi militar na altura das guerras Miguelistas e combateu na Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, em Portugal, partiu da Academia de Ciências de Lisboa por discordar com os seus pares e partiu para Moçambique, como adido militar. Era um homem excepcionalmente inteligente, tranquilo, de uma bondade imensa. Cultivava morangos em latas, íamos para a biblioteca de sua casa, em Maputo, onde nos ensinava geografia e história. Vera Esquível
Os meus avós maternos, Marta Pusich e António Cabral com o primeiro filho Augusto, em Moçambique, anos 20. Morreram antes de eu nascer, não os conheci. Tiveram quatro filhos, entre eles a minha mãe, Vera, que nasceu em casa, na Parede, tinha a minha avó 40 anos - foi registada com o nome  de Fernanda, mas quando o meu avô chegou (estava fora de Portugal) não gostou e quis que fosse Vera; assim ficou, mas só aos 12 anos é que se conseguiu oficializar o nome.
Os meus avós maternos, Marta Pusich e António Cabral com o primeiro filho Augusto, em Moçambique, anos 20. Morreram antes de eu nascer, não os conheci. Tiveram quatro filhos, entre eles a minha mãe, Vera, que nasceu em casa, na Parede, tinha a minha avó 40 anos - foi registada com o nome de Fernanda, mas quando o meu avô chegou (estava fora de Portugal) não gostou e quis que fosse Vera; assim ficou, mas só aos 12 anos é que se conseguiu oficializar o nome. Vera Esquível
Avô João Eduardo com avó Isabel  Dois seres maravilhosos. A vida para eles é para ser vivida com um sorriso nos lábios. Um grande exemplo para filhos e netos de atitude positiva, determinação e resiliência.
Avô João Eduardo com avó Isabel Dois seres maravilhosos. A vida para eles é para ser vivida com um sorriso nos lábios. Um grande exemplo para filhos e netos de atitude positiva, determinação e resiliência. João Alberto Catalão
Aqui vai a nossa avó Matilde "Avó Tita" quando tinha 5 anos vestida de Sevilhana. A terra da minha avó no Alentejo é muito perto de Espanha, chama-se Minas de S.Domingos, faz muito calor lá no verão e muito frio no inverno. É muito bom ter avós. Beijinhos às nossas avós Tété, Vivi, Mimi, à nossa bisavó Margarida, aos nossos avôs Fernando, Mazé e Victor.
Aqui vai a nossa avó Matilde "Avó Tita" quando tinha 5 anos vestida de Sevilhana. A terra da minha avó no Alentejo é muito perto de Espanha, chama-se Minas de S.Domingos, faz muito calor lá no verão e muito frio no inverno. É muito bom ter avós. Beijinhos às nossas avós Tété, Vivi, Mimi, à nossa bisavó Margarida, aos nossos avôs Fernando, Mazé e Victor. Carminho (7 anos), Pilar (4), Tomé (2) e Mateus (1)
Aqui estão os meus avós maternos, José Alves da Silva e Belmira Soares Jorge. O “Zé do Silva” nasceu em 1914, em Travanca, Santa Maria da Feira. A “Belmira do Mira” teria feito 100 anos este 2021. Casaram-se em Maceda, Ovar, a 19 de Janeiro de 1941. Tiveram dez filhos e doze netos. A avó Mira ainda conheceu bisnetos, o avô Zé foi-se cedo de mais, em 1987. Do que tenho mais saudades? De dormir com o meu avô, que era meu padrinho, e de ele me ensinar cantigas ao desafio. É com orgulho que digo que nasci na casa dos meus avós, que hoje pertence ao meu tio António Óscar. Não conheci o meu avô paterno, Manuel Luís, e agora dou-me conta que não tenho comigo nenhuma fotografia da minha avó Felismina. Era uma guerreira. Fica também a minha homenagem e a minha saudade.
Aqui estão os meus avós maternos, José Alves da Silva e Belmira Soares Jorge. O “Zé do Silva” nasceu em 1914, em Travanca, Santa Maria da Feira. A “Belmira do Mira” teria feito 100 anos este 2021. Casaram-se em Maceda, Ovar, a 19 de Janeiro de 1941. Tiveram dez filhos e doze netos. A avó Mira ainda conheceu bisnetos, o avô Zé foi-se cedo de mais, em 1987. Do que tenho mais saudades? De dormir com o meu avô, que era meu padrinho, e de ele me ensinar cantigas ao desafio. É com orgulho que digo que nasci na casa dos meus avós, que hoje pertence ao meu tio António Óscar. Não conheci o meu avô paterno, Manuel Luís, e agora dou-me conta que não tenho comigo nenhuma fotografia da minha avó Felismina. Era uma guerreira. Fica também a minha homenagem e a minha saudade. Sandra Silva Costa
Anna e Alfio, os meus avós italianos. Um amor que durou 70 anos... um amor nascido das cinzas de um país acabado de sair da guerra. Casaram-se em 1949 com um par de tostões no bolso, sem sequer imaginar a grandiosidade daquilo que iriam construir.  O meu avô que queria ter 20 netos e acabou por ter apenas uma, mas à qual dedicou todos os seus últimos anos. Um homem aparentemente de pedra, severo e de princípios firmes. Mas no fundo um sonhador com um grande coração de ouro, um apaixonado pelo mundo, pelos pequenos momentos de felicidade, pela vida. "Viva la vita" dizia-me ele vezes sem conta... E por trás deste grande homem estava uma grande mulher. A minha avó, mulher incansável dedicada de corpo e alma à família. Todo o seu tempo era dedicado aos dois filhos e mais tarde à neta. Cozinheira impecável, faladora incansável e de riso incontrolável tinha o poder de ter tudo sobre controlo, sem que nada lhe escapasse, nem a mais pequena mancha de gordura no fato do meu avô… Estes são os meus avós italianos. Partiram em 2018 e 2020, sem nunca lhes ter dito o meu verdadeiro obrigada. Obrigada por me ensinarem a ser quem sou e VIVA LA VITA sempre.
Anna e Alfio, os meus avós italianos. Um amor que durou 70 anos... um amor nascido das cinzas de um país acabado de sair da guerra. Casaram-se em 1949 com um par de tostões no bolso, sem sequer imaginar a grandiosidade daquilo que iriam construir. O meu avô que queria ter 20 netos e acabou por ter apenas uma, mas à qual dedicou todos os seus últimos anos. Um homem aparentemente de pedra, severo e de princípios firmes. Mas no fundo um sonhador com um grande coração de ouro, um apaixonado pelo mundo, pelos pequenos momentos de felicidade, pela vida. "Viva la vita" dizia-me ele vezes sem conta... E por trás deste grande homem estava uma grande mulher. A minha avó, mulher incansável dedicada de corpo e alma à família. Todo o seu tempo era dedicado aos dois filhos e mais tarde à neta. Cozinheira impecável, faladora incansável e de riso incontrolável tinha o poder de ter tudo sobre controlo, sem que nada lhe escapasse, nem a mais pequena mancha de gordura no fato do meu avô… Estes são os meus avós italianos. Partiram em 2018 e 2020, sem nunca lhes ter dito o meu verdadeiro obrigada. Obrigada por me ensinarem a ser quem sou e VIVA LA VITA sempre. Caterina Villa
Os meus avós maternos, Perfecta e Américo, um pouco mais velhos do que sou agora, 66 anos. Na horta/pomar da casa da aldeia galega, de onde o meu avô saiu adolescente, para vir trabalhar em Lisboa, numa taberna, como tantos antes e depois dele... A avó só veio depois de se casarem, mas só voltaram definitivamente quando eu já era adolescente. A casa continua lá, a horta já não, com pena minha e deles também, de certeza.
Os meus avós maternos, Perfecta e Américo, um pouco mais velhos do que sou agora, 66 anos. Na horta/pomar da casa da aldeia galega, de onde o meu avô saiu adolescente, para vir trabalhar em Lisboa, numa taberna, como tantos antes e depois dele... A avó só veio depois de se casarem, mas só voltaram definitivamente quando eu já era adolescente. A casa continua lá, a horta já não, com pena minha e deles também, de certeza. Teresa Rodriguez
Estes são os meus pais, somos 4 irmãos e eles têm três netos, a Joana, o Pedro e a Alícia.  Esta foto foi tirada no casamento em 1969, no Brasil, Rio Janeiro, embora a minha mãe seja portuguesa. Casou do outro lado do atlântico. Histórias tão boas que eles têm e que encantam os netos. Gostamos muito de vocês!!
Estes são os meus pais, somos 4 irmãos e eles têm três netos, a Joana, o Pedro e a Alícia. Esta foto foi tirada no casamento em 1969, no Brasil, Rio Janeiro, embora a minha mãe seja portuguesa. Casou do outro lado do atlântico. Histórias tão boas que eles têm e que encantam os netos. Gostamos muito de vocês!! Catia Almeida
Só tenho uma avó, ainda assim, partilho convosco.
Só tenho uma avó, ainda assim, partilho convosco. José Carlos Santos
Jenny e Walter Barroso. Sempre cheios de estilo e cumplicidade nas fotografias antigas. Meus avós maternos que me mimaram muito na infância e serão para sempre uma fonte de amor e boas recordações. Ainda bem que nos deixaram tantas fotografias, quadros, livros, discos, cartas e outras memórias bonitas que, não sendo palpáveis, serão sempre lembradas. Saudades, vô, saudades, vó!
Jenny e Walter Barroso. Sempre cheios de estilo e cumplicidade nas fotografias antigas. Meus avós maternos que me mimaram muito na infância e serão para sempre uma fonte de amor e boas recordações. Ainda bem que nos deixaram tantas fotografias, quadros, livros, discos, cartas e outras memórias bonitas que, não sendo palpáveis, serão sempre lembradas. Saudades, vô, saudades, vó! Alice Barcellos
Cristina e António Duarte eram os meus avós maternos.  Nascidos em Cabrela, uma vila alentejana perto de Montemor-o-Novo.  Lugar onde cresceram, namoraram, casaram e tiveram 4 filhos, a Eliziária, o António, o Francisco e a Mariana, a caçula da família e minha mãe.   A vida do campo no Alentejo (um século atrás) não era uma vida fácil, mas a generosidade, cumplicidade, abnegação e amor dos dois foi conseguindo vencer todas as situações difíceis e menos positivas com que a vida os foi pondo à prova.  Trabalharam incansavelmente para que nada faltasse aos seus filhotes e depois aos netos.  Tal como a minha mãe, também sou a caçula entre os primos, cresci a ver um amor sem fim e atrevo-me a dizer paixão. Daquele que também queremos para nós, sabem?  A cumplicidade deles era de tal forma, que o meu avô como bom alentejano era um tagarela, a minha avó mais discreta e pouco faladora. Quando envelheceram e o meu avô ficou com problemas auditivos, isolou-se um pouco, era a vergonha de pedir para repetirem, não conseguir acompanhar as conversas e de forma extraordinária as personalidades inverteram-se a minha avó passou a ser a tagarela da família, sempre a incluí-lo em todas as conversas e dinâmicas familiares.  Morreram com poucos meses de intervalo.  Acredito que o meu avô não conseguiu viver sem a minha avó e que foi talvez mais cedo do que deveria para junto dela.  Conforta-me saber que estão juntos, eternamente cúmplices e apaixonados.
Cristina e António Duarte eram os meus avós maternos. Nascidos em Cabrela, uma vila alentejana perto de Montemor-o-Novo. Lugar onde cresceram, namoraram, casaram e tiveram 4 filhos, a Eliziária, o António, o Francisco e a Mariana, a caçula da família e minha mãe. A vida do campo no Alentejo (um século atrás) não era uma vida fácil, mas a generosidade, cumplicidade, abnegação e amor dos dois foi conseguindo vencer todas as situações difíceis e menos positivas com que a vida os foi pondo à prova. Trabalharam incansavelmente para que nada faltasse aos seus filhotes e depois aos netos. Tal como a minha mãe, também sou a caçula entre os primos, cresci a ver um amor sem fim e atrevo-me a dizer paixão. Daquele que também queremos para nós, sabem? A cumplicidade deles era de tal forma, que o meu avô como bom alentejano era um tagarela, a minha avó mais discreta e pouco faladora. Quando envelheceram e o meu avô ficou com problemas auditivos, isolou-se um pouco, era a vergonha de pedir para repetirem, não conseguir acompanhar as conversas e de forma extraordinária as personalidades inverteram-se a minha avó passou a ser a tagarela da família, sempre a incluí-lo em todas as conversas e dinâmicas familiares. Morreram com poucos meses de intervalo. Acredito que o meu avô não conseguiu viver sem a minha avó e que foi talvez mais cedo do que deveria para junto dela. Conforta-me saber que estão juntos, eternamente cúmplices e apaixonados. Maria Helena Mateus
Aqui estão os meus avós paternos, Leonor Simões e Francisco Gonçalves Neto, ambos originários de Alfaiates, Sabugal. Casaram-se muito jovens, em 1936, e tiveram seis filhos e 11 netos. Emigraram para França na década de 1960, tendo o meu avô andado nas minas. Quando voltaram, já na década de 80, instalaram-se na Guarda. Lembro-me bem que todas as tardes o avô Chico saía para jogar sueca com os amigos e a avó se entretinha com as suas rendas. Sempre que os visitava, o meu avô exortava-me a estudar muito e perguntava-me por raparigas.
Aqui estão os meus avós paternos, Leonor Simões e Francisco Gonçalves Neto, ambos originários de Alfaiates, Sabugal. Casaram-se muito jovens, em 1936, e tiveram seis filhos e 11 netos. Emigraram para França na década de 1960, tendo o meu avô andado nas minas. Quando voltaram, já na década de 80, instalaram-se na Guarda. Lembro-me bem que todas as tardes o avô Chico saía para jogar sueca com os amigos e a avó se entretinha com as suas rendas. Sempre que os visitava, o meu avô exortava-me a estudar muito e perguntava-me por raparigas. Luís Neto
Aqui estão os meus avós maternos, Conceição de Jesus Godinho e José Lourenço Fernandes, ambos naturais da Guarda. O avô Zé era latoeiro, trabalhava a folha-da-flandres na sua oficina; a avó São vendia os caldeiros, os funis, os regadores e outros objectos de uso quotidiano que ele fazia nos mercados e feiras da região. Tiveram três filhos e quatro netos. Parte das minhas férias de Verão era passada na Guarda. Eram dias sempre fantásticos: muitas vezes, a avó São levava-me Nestum à cama e sempre que eu saía com os amigos dava-me uma notinha. “Um homem não sai de casa sem dinheiro”, dizia. Muitas vezes comprava A Bola e ia lê-la, em voz alta, ao meu avô, enquanto o “Zé das ondas”, como era conhecido, continuava a trabalhar.
Aqui estão os meus avós maternos, Conceição de Jesus Godinho e José Lourenço Fernandes, ambos naturais da Guarda. O avô Zé era latoeiro, trabalhava a folha-da-flandres na sua oficina; a avó São vendia os caldeiros, os funis, os regadores e outros objectos de uso quotidiano que ele fazia nos mercados e feiras da região. Tiveram três filhos e quatro netos. Parte das minhas férias de Verão era passada na Guarda. Eram dias sempre fantásticos: muitas vezes, a avó São levava-me Nestum à cama e sempre que eu saía com os amigos dava-me uma notinha. “Um homem não sai de casa sem dinheiro”, dizia. Muitas vezes comprava A Bola e ia lê-la, em voz alta, ao meu avô, enquanto o “Zé das ondas”, como era conhecido, continuava a trabalhar. Luís Neto
Meus avós, Maria da Piedade e Francisco de Assis. Viram- se pela primeira vez numa estação de comboios. Tinham ambos 16 anos. Ela vinha do funeral de sua mãe. Acabava de chegar órfã para recomeçar noutra cidade. Desde esse dia junto ao comboio, nunca mais se perderam de vista. "Deus tirou-me a minha mãe e no mesmo dia entregou-me o Assis ", dizia ela. Casaram 10 anos depois do primeiro olhar. Estiveram juntos 60 anos em felicidade. Estas são algumas das fotografias da celebração dos 40 anos de casados. Ela apanhou os cortinados da sala para improvisar um véu, ele arranjou um velho chapéu para o figurino. Juntos, em festa, amor e com a  cumplicidade com que sempre viveram.
Meus avós, Maria da Piedade e Francisco de Assis. Viram- se pela primeira vez numa estação de comboios. Tinham ambos 16 anos. Ela vinha do funeral de sua mãe. Acabava de chegar órfã para recomeçar noutra cidade. Desde esse dia junto ao comboio, nunca mais se perderam de vista. "Deus tirou-me a minha mãe e no mesmo dia entregou-me o Assis ", dizia ela. Casaram 10 anos depois do primeiro olhar. Estiveram juntos 60 anos em felicidade. Estas são algumas das fotografias da celebração dos 40 anos de casados. Ela apanhou os cortinados da sala para improvisar um véu, ele arranjou um velho chapéu para o figurino. Juntos, em festa, amor e com a cumplicidade com que sempre viveram. Patrícia Sobreiro