Ariarne Titmus tirou a coroa à “rainha” Katie Ledecky

Caeleb Dressel conquistou a primeira das seis medalhas que procura nestes Jogos Olímpicos.

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Ariarne Titmus Reuters/MARKO DJURICA

A norte-americana Katie Ledecky, “rainha” das piscinas no Rio 2016, foi nesta segunda-feira destronada nos 400 metros livres pela australiana Ariarne Titmus, que confirmou nos Jogos Olímpicos a sucessão iniciada nos Mundiais, na jornada do primeiro ouro de Caeleb Dressel.

Era a final que mais expectativa causava na jornada desta segunda-feira no Centro Aquático de Tóquio e os 400m livres não defraudaram, com a nadadora mais medalhada dos anteriores Jogos Olímpicos - com quatro ouros e uma prata, ficou apenas atrás de Michael Phelps no “ranking” da natação - a liderar durante 300 metros, antes de ver a jovem de 20 anos negar-lhe a revalidação do título olímpico na distância.

“Não consigo acreditar, estou a tentar controlar as minhas emoções... mais do que qualquer outra coisa, é um alívio cumprir a minha missão. Não estaria aqui sem ela [Ledecky] a estabelecer a fasquia. Simplesmente, tenho tentado persegui-la. É muito divertido competir contra ela... não acredito que consegui!”, disse a nova campeã olímpica dos 400 metros livres.

Ao nadar em 3m56,69s, Titmus confirmou definitivamente a sucessão iniciada nos Mundiais de 2019, quando bateu a recordista mundial no último confronto entre ambas, tornando-se ainda a primeira nadadora a superar Ledecky numa final individual nos Jogos Olímpicos - tinha vencido as quatro anteriores em que participou.

Nesta segunda-feira, a norte-americana, que no Rio 2016 foi também campeã nos 200 e 800 metros livres, com recordes mundiais, e nas estafetas dos 4x200m livres, foi 67 centésimos mais lenta e teve de contentar-se com a prata, enquanto a chinesa Bingjie Li ficou com o bronze.

100m bruços

Se Ledecky “falhou” a defesa do título, Adam Peaty revalidou-o nos 100m bruços, com uma nova exibição da sua supremacia na distância, na qual detém os 16 melhores registos da história, ficando, no entanto, longe do recorde do mundo (56,88 segundos) e mesmo do recorde olímpico que lhe pertence desde o Rio 2016 (57,13s) ao nadar em 57,37s.

No primeiro pódio 100% europeu em Tóquio 2020, o britânico, agora bicampeão olímpico dos 100m bruços, deixou a medalha de prata, o holandês Arno Kamminga, a 63 centésimos, e o bronze, o italiano Nicolo Martinenghi, a 96.

100m mariposa

Curiosamente, esta foi a segunda prova sem medalhas norte-americanas, já que, um pouco antes, nos 100 metros mariposa femininos, a “raridade” também tinha acontecido, com a canadiana Margaret MacNeil a bater a chinesa Yufei Zhang e a australiana Emma McKeon para sagrar-se campeã olímpica, com o tempo de 55,59 segundos, e oferecer a primeira medalha de ouro do Canadá nestes Jogos Olímpicos.

Ainda a recuperar da lesão no cotovelo direito, que a afastou das piscinas entre Fevereiro e Junho, ao ponto de colocar em causa a sua presença em Tóquio 2020, a até esta segunda-feira campeã olímpica em título, a sueca Sarah Sjöström, foi apenas sétima, com o tempo de 56,91s, bem distante do seu recorde mundial de 55,48s, fixado precisamente no Rio 2016.

Estafeta 4x100m livres

A fechar a jornada de finais no Centro Aquático de Tóquio, os Estados Unidos repuseram a normalidade com um triunfo fácil na estafeta dos 4x100m livres, diante de Itália e Austrália, que travaram uma renhida luta pela prata, que foi para os europeus.

Juntamente com Blake Pieroni, Bowen Becker e Zach Apple, Caeleb Dressel conquistou a primeira das seis medalhas de ouro a que aspira nas piscinas da capital nipónica, com a estafeta norte-americana a parar o cronómetro nos 3m08,97s.

Apostado em ocupar o lugar deixado vago por Michael Phelps, Dressel vai competir ainda nos 50 e 100m livres e nos 100m mariposa, além de em duas outras estafetas, os 4x100m estilos e os 4x100m estilos mistos.

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