A responsabilidade de despolarizar

A hiperpolarização, ou a passagem da polarização construtiva à polarização destrutiva, não são fenómenos meteorológicos. São decorrências da cultura humana. Há uma maneira fácil de os conter: é não os incentivar.

Quando Léon Blum foi julgado no processo de Riom, em 1942, os aliados dos nazis que governavam em França tiveram dificuldades em encontrar crimes de que o acusar e não queriam ainda naquela fase admitir que o faziam por ele ser judeu e socialista e antigo primeiro-ministro do governo da Frente Popular, entre 1936 e 38. As acusações que então lhe lançaram incluíam o facto de ter introduzido as férias pagas na vida dos trabalhadores franceses e de não ter reprimido a realização de greves pelos sindicatos, entre outras medidas como estas que, segundo os seus inimigos, tinham contribuído para “enfraquecer” a França.

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