O dia em que o plano de vacinação sofreu mais um “rombo”

O coordenador da task force conta com uma equipa de mais de 30 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Os homens do vice-almirante vêm, na sua maior parte, da Força de Reacção Imediata e estão habituados a responder a emergências e calamidades.

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Na sala o ambiente é de grande informalidade e os militares estão todos de camuflado, a farda eleita por representar os três ramos das Forças Armadas Nicolau Botequilha

O “briefing” diário arranca, excepcionalmente, com um grande atraso. São 10h45 de quinta-feira, 15 de Julho. Com a cabeça entre as mãos, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo prepara-se para um dia particularmente atribulado. Na véspera, ao fim da noite, caíra que nem uma bomba a notícia de que o lote XE393 da vacina da Janssen fora suspenso, por precaução, enquanto o Infarmed investigava as causas dos desmaios de duas dezenas de jovens no centro de vacinação de Mafra. “Sofremos um rombo no plano”, lamenta o coordenador do grupo de trabalho (task force) responsável pelo plano da vacinação contra a covid-19, semblante carregado, percorrendo com o olhar a equipa, uma quinzena de militares que enche a “sala de operações” instalada no edifício do Comando Conjunto para as Operações Militares, junto à NCI, a Agência de Comunicações e Informações da NATO, em Oeiras.

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