Costa e Marcelo em queda. Portugueses querem remodelação antes das autárquicas

Popularidade dos dois líderes deu um trambolhão neste mês. Ambos estão em terreno positivo, mas Presidente da República, com 37 pontos leva vantagem sobre Costa, que se fica pelos seis.

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Popularidade do primeiro-ministro sofre este mês uma queda significativa LUSA/JOSE COELHO/POOL

O primeiro-ministro teima em não fazer uma remodelação no seu executivo antes das eleições autárquicas, mas a pressão para que António Costa mexa no Governo é muita.

De acordo com o barómetro da Aximage para o Jornal e Notícias, Diário de Notícias e TSF, divulgado este domingo, 81% dos portugueses inquiridos são favoráveis a uma remodelação do Governo - apenas 19% dizem que não - e 44% defendem que seja feita antes das eleições autárquicas de 26 de Setembro. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que está debaixo de fogo há vários meses, surge destacado com 78% dos entrevistados querem que deixe o executivo.

A ministra da Saúde, Marta Temido, também faz parte dos governantes a remodelar, surgindo em segundo lugar, mas muito abaixo de Eduardo Cabrita, ficando-se pelos 29%. A lista dos ministros a remodelar incluiu também os titulares das pastas da Educação, Tiago Brandão Rodrigues (20%), Justiça, Francisca Van Dunem (19%), Finanças, João Leão (11%), e Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva (11%).

A sondagem evidencia que, com ou sem remodelação, este Governo vai durar até ao final da legislatura. Um total de 75% dos entrevistados acredita que o executivo continuará em funções até 2023.

A popularidade do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, já conheceu dias melhores. Neste estudo, o chefe do Governo cai a pique, registando apenas seis pontos positivos. Também o Presidente da República sofre este mês uma baixa significativa, ficando-se pelos 37 pontos positivos.

O último mês e meio foi crítico na avaliação dos portugueses relativamente a Marcelo e a Costa. A falta de sintonia e as divergências entre o primeiro-ministro e o Presidente da República relativamente à pandemia podem explicar a baixa de popularidade.

Os resultados finais desta sondagem evidenciam uma queda sem precedentes em todos os parâmetros para dos dois líderes políticos, desde há um ano (altura em que arrancou esta série de barómetros). A queda do primeiro-ministro já se iniciara, em Maio, altura em que começou a perder terreno, registando uma diminuição de 18 pontos em termos de avaliações positivas, que são agora de 41%, e uma subida de 16 pontos nas avaliações negativas (35%).

Em termos regionais, apenas Lisboa e região Centro dão benefício da dúvida ao primeiro-ministro, Já na região Norte, no Porto e no Sul, o saldo é negativo para Costa.

No caso do Presidente da República, a situação é diferente, e embora este mês tenha caído mais do que António Costa, partiu de um patamar bastante superior, o que lhe permite continuar a ter uma confortável popularidade. De Maio para Julho perdeu 15 pontos nas avaliações positivas (conta agora 55%) e subiu 8 nas avaliações negativas (está com 18%), o que dá um saldo positivo de 37 pontos.

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