Valor limiar de poluição atmosférica por ozono ultrapassado em Montemor-o-Velho e Vouzela

A exposição a este poluente afecta as mucosas oculares e respiratórias podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações oculares. A CCDRC recomenda aos residentes que “reduzam ao mínimo a actividade física intensa no exterior” e que “evitem outros factores de risco” tais como fumar ou utilizar e contactar com produtos irritantes.

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Valor limiar de poluição atmosférica por ozono ultrapassado em Montemor-o-Velho e Vouzela Adriano Miranda

O valor limiar de poluição atmosférica por ozono foi ultrapassado oito vezes, entre as 18h e as 0h de sexta-feira, em Montemor-o-Velho (Coimbra) e Vouzela (Viseu), informou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

Em comunicado enviado à agência Lusa, a CCDRC adianta que na estação de medição de Montemor-o-Velho foram registados valores acima do limiar de alerta à população, que é de 180µg/m3 (microgramas de ozono por metro cúbico de ar) entre as 18h e as 19h (196 µg/m³), entre as 19h e as 20h (204), entre as 20h e as 21h (198), entre as 21h e as 22h (186), entre as 22h e as 23h (187) e entre as 23h e as 00h (186).

Em Vouzela, na estação de Fornelo do Monte, entre as 19h e as 20h foi registada uma concentração média de 194 µg/m³ e de 183 µg/m³ entre as 20h e as 21h.

O valor limiar de poluição atmosférica por ozono também foi ultrapassado na tarde de sexta-feira em Montemor-o-Velho.

Segundo a CCDRC, na estação de medição de Montemor-o-Velho, a concentração média horária daquele poluente entre as 12h e as 13h foi de 180µg/m3, e nos períodos entre as 13h e as 14h e das 14h às 15h foi de 198 µg/m³.

A fonte alerta que a exposição a este poluente afecta, essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações oculares.

No mesmo comunicado, a CCDRC também faz algumas recomendações aos residentes nos locais afectados, “na medida em que os valores de concentração registados podem provocar danos na saúde humana, especialmente nos grupos mais sensíveis da população (crianças, idosos, asmáticos, alérgicos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas)”.

A CCDRC recomenda aos residentes que “reduzam ao mínimo a actividade física intensa no exterior (sobretudo ao ar livre)” e que “evitem outros factores de risco” (tais como fumar ou utilizar e contactar com produtos irritantes contendo solventes na sua composição, como gasolina, tintas e vernizes).

É ainda solicitado que os habitantes “respeitem rigorosamente tratamentos médicos em curso” e recorram a cuidados médicos “em caso de agravamento de eventuais sintomas”.

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