Froome, Gilbert e Jensen, o trio de bombeiros

Até ao final do Tour, o PÚBLICO traz histórias e curiosidades sobre a corrida e os ciclistas em prova.

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Benoit Tessier/Reuters

Esta Volta a França tem sido fértil em quedas desde o primeiro dia, tendo já desfalcado equipas e, por extensão, a própria corrida.

A luta dos sprints ficou mais fraca – saíram nomes como Tim Merlier, Caleb Ewan, Peter Sagan ou Arnaud Démare –, Tadej Pogacar teve menos rivais do que esperaria – Primoz Roglic e Geraint Thomas sentiram os efeitos do chão – e ciclistas de renome como Marc Soler, Robert Gesink ou Tiesj Benoot também já abandonaram a corrida.

Nesta modalidade, é comum vermos corredores caírem em perigosas ravinas e saírem de lá com lesões graves. E poucos sentirão mais do que os ciclistas a importância de um azarado ser ajudado rapidamente nessas circunstâncias. E há, no pelotão deste Tour, três orgulhosos “bombeiros”, porque nem só os ciclistas têm sofrido com as quedas e precisado de ajuda.

Após a etapa 17 da Volta a França, Philippe Gilbert (Lotto) estava a descer tranquilamente o Col du Portet que tinha subido minutos antes na etapa ganha por Tadej Pogacar. A dada altura, nesse seu caminho para o autocarro, viu um ciclo-turista calcular mal uma curva e cair numa ravina. 

“Fomos encontrá-lo 20 metros abaixo e ficámos lá uns 20 minutos a ajudá-lo” contou Gilbert à RTBF, explicando que teve a ajuda de Chris Froome (Israel), tetracampeão do Tour, e Christopher Juul-Jensen (BikeExchange). 

“Estas são experiências que nós também vivemos e que nunca aparecem na imprensa. O homem estava em tão mau estado que tivemos mesmo de chamar uma ambulância. Ele estava bastante magoado”, acrescentou Gilbert.

Esta é a história dos três bombeiros, mas também é a história que este homem, caso recupere das lesões, possivelmente contará, com orgulho, numa noite à lareira. Será algo como “um dia, cara família, eu estava deliciado por descer uma montanha ao lado de Chris Froome e foi o campeão quem me salvou de ficar estendido numa ravina de 20 metros”.

Quantos desdenhariam esta experiência?

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