Cancelado em 2020, MIL regressa com três dias ao vivo, em Setembro

Festival MIL anuncia cartaz para os dias 15, 16 e 17 de Setembro. Com os bares do Cais do Sodré ainda inactivos, concertos, conferências e debates decorrerão no Hub Criativo do Beato, em Lisboa.

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Carla Prata, Queralt Lahoz, Dino Brandão, EU.CLIDES, Naima Bock e Yndi DR

Gorada que foi a quarta edição, devido à pandemia, o festival MIL – Lisbon International Music Network anuncia finalmente esta sexta-feira um programa para 2021. O de 2020 esteve marcado para os dias 25 a 27 de Março, mas a covid-19 obrigou ao cancelamento. No comunicado então difundido, além dos agradecimentos aos artistas (e eram muitos) que já se tinham comprometido a participar e de uma mensagem “de força e solidariedade a todas as salas de espectáculo, clubes, festivais, artistas e demais intervenientes”, prometia-se o regresso para 2021, agora confirmado. Com os bares do Cais do Sodré ainda inactivos, concertos, conferências e debates decorrerão no Hub Criativo do Beato de 15 a 17 de Setembro​.

Serão cerca de 50 concertos, acompanhados de uma convenção, com debates e conferências. Na programação artística, segundo o comunicado hoje difundido, destacam-se Carla Prata, cantora luso-angolana nascida e criada no Reino Unido, que se apresenta pela primeira vez em Portugal; Yndi, compositora, performer e produtora franco-brasileira, com um álbum lançado em Maio, Noir Brazil; Naima Bock, baixista da banda pós-punk inglesa Goat Girl agora a começar uma carreira a solo; Queralt Lahoz, “promessa da cena de música urbana espanhola que cruza o rap, flamenco, R&B e a copla”; Dino Brandão e EU.CLIDES, “nomes obrigatórios na nova pop e R&B”; Faux Real, “duo anti-rock que mistura o punk com a disco”; e Kelman Duran, produtor e DJ dominicano cuja música é apresentada como “uma fusão impiedosa de ritmos afro-caribenhos com sons contemporâneos” e que está a preparar um novo trabalho para apresentar em Portugal.

Mas a lista dos nomes em cartaz é bem maior e, ao longo dos três dias do festival, actuarão ainda Acácia Maior, A’mosi Just A Label, BabySolo33, Bia Maria, Cabrita, Club Makumba, Dame Area, Dianna Excel, Ellynora, Eugenia Post Meridiem, Fado Bicha, Gala Drop, Global Charming, Ikram Bouloum, Karel, Ladaniva, Los Sara Fontán, Hadi Zeidan, Herlander, Hun Hun, Maria Reis, Murman Tsuladze, Marinho, MØAA, MURAIS, Orange Dream, RAY, Roméo Poirier, Rosin de Palo, SecoSecoSeco, Silly, Stereoboy, Susobrino, Tristany, Uma Chine, We Sea, Yakuza e YN. Uma lista na sua quase totalidade diferente daquela que tinha sido apresentada para 2020 (só quatro nomes dessa malograda edição ressurgem aqui: Fado Bicha, Maria Reis, Marinho e MURAIS).

A par dos concertos haverá duas residências artísticas. Uma, em parceria com o Instituto Ramon Llull, junta as espanholas Tarta Relena e os portugueses Lavoisier; e a outra, em parceria com o Liveurope, junta o produtor Pedro da Linha e o músico Álvaro Romero (RomeroMartin). Destas residências, com 5 dias, resultarão “dois espectáculos únicos apresentados ao vivo no festival”.

E haverá, como habitual, conferências e debates, no âmbito de uma convenção do festival. Esta, segundo o comunicado que anuncia o programa, pretende introduzir “uma reflexão crítica sobre a transformação digital, onde serão abordadas as problemáticas como a soberania digital, as políticas do streaming, os direitos de autor, a crescente concentração levada a cabo pelas grandes empresas tecnológicas e as narrativas de resistência e de denúncia que neste espaço se desenvolvem.” Em complemento, será também debatida “a importância de proteger e preservar os sectores da música ao vivo e de todos os seus intervenientes, seja através do desenho de políticas culturais, do desenvolvimento de políticas de acção afirmativa ou da aposta em circuitos e artistas locais”.

À semelhança de anos anteriores, haverá três tipos de bilhetes. Um, o Pro (que dará acesso aos concertos, à convenção e à base de dados dos profissionais presentes) custa 70 euros. Há ainda o bilhete de festival, que dá acesso aos concertos durante os três dias e custa 25 euros; e, por fim, o bilhete de estudante, que dá acesso aos concertos e à convenção e tem um custo de 35 euros.

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