E se as grandes cidades se pintassem de verde? Talvez uma “guerrilha” traga novas paisagens
Após Londres e Nova Iorque, o atelier de arquitectura WATG desenhou uma alternativa para as ruas de Honolulu, no Havai. “Esta solução inovadora de planeamento e arquitectura paisagística responde ao apelo da comunidade global para ‘reparar a Terra’”.
O atelier de arquitectura WATG quer entrar numa “guerrilha verde” e repensar as grandes cidades. Propõe substituir o asfalto pela relva, as fachadas cinzentas por caminhos floridos, numa provocação à forma como os centros urbanos são desenhados.
Nos escritórios de Londres, Honolulu e Nova Iorque, os arquitectos paisagistas da WATG imaginaram uma alternativa para o futuro das suas cidades. As animações criadas mostram carpetes de relva a descer avenidas, onde nascem árvores e arbustos. Lugares antes dominados pelo trânsito são entregues às pessoas que caminham, pedalam ou fazem piqueniques.
“Esta solução inovadora de planeamento e arquitectura paisagística responde ao apelo da comunidade global para ‘reparar a Terra’ e mostra como as avenidas urbanas mais conhecidas e admiradas do mundo podem ser transformadas para criar um espaço exuberante e amigo do ambiente”, defendem, no site do atelier.
Para assinalar o Dia da Terra, a 22 de Abril, e o mês da Arquitectura Paisagista, a WATG apresentou o Green Block Honolulu em 2021, na terceira edição deste projecto internacional, após passar por Londres, em 2017, e Nova Iorque, em 2020.
O atelier quer levar até às cidades uma alternativa “viva”, “que respira”, para melhorar a qualidade do ar, reduzir o ruído e poluição dos automóveis, aumentar os espaços verdes para residentes e turistas, e promover oportunidades de comércio e restauração ao ar livre ainda pouco exploradas. A nível global, o projecto quer encorajar mais discussões sobre um estilo de vida sustentável e como pode ser pensado e concretizado nos centros urbanos.
“Há muitos debates importantes a acontecer sobre como pode ser o futuro e a relação entre saúde, bem-estar e ambiente”, afirma David D. Moore, director executivo da WATG. “O Green Block apresenta uma visão concreta daquilo que ‘é possível’ para o futuro da planificação de destinos turísticos e estimula uma conversa enquanto repensamos a forma como vivemos.”