Isabel II abre os jardins de Buckingham a acesso sem guias: até se podem fazer piqueniques

Uma estreia em quase 70 anos de reinado. Libertem-se os jardins, parece ter ordenado a rainha. Uma compensação por cancelamentos durante a pandemia numa altura em que os rendimentos de Isabel II provenientes do turismo caíram mais de 50%.

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A abertura dos jardins pretende compensar o cancelamento, pelo segundo ano consecutivo, da tradicional abertura das salas de Estado no Verão Reuters/Henry Nicholls
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,Jardim do Palácio de Buckingham
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,Palácio de Buckingham
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,Castelo de Windsor
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Palácio de Buckingham
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Usar o relvado do Palácio de Buckingham para estender a toalha e fazer um piquenique passou a ser possível, numa iniciativa inédita em quase sete décadas de reinado de Isabel II.

Desde a última sexta-feira que passou a ser possível passear pelos jardins da residência oficial da monarca britânica sem a companhia de um guia. A decisão do Royal Collection Trust, que faz a gestão do turismo nas propriedades reais, pretende compensar o cancelamento, pelo segundo ano consecutivo e por causa da pandemia de covid-19, da tradicional abertura das salas de Estado do palácio no Verão, que normalmente atrai milhares de visitantes.

O acesso aos jardins custa entre 16,50 (adultos) e 9 libras (crianças), o que corresponde a cerca de 20 e 10 euros, respectivamente. Apenas há que obedecer a algumas regras: nada de churrascos nem de jogos com bolas, não é permitido entrar com facas e o consumo de bebidas alcoólicas é proibido. O acesso aos jardins é ainda vedado a animais de estimação.

Os terrenos foram originalmente ajardinados pelo paisagista e arquitecto britânico Capability Brown (1716-1783), mas a paisagem actual data de 1820, quando o rei Jorge IV transformou Buckingham num palácio.

Actualmente, a propriedade apresenta um habitat rico que prima pela biodiversidade, com mais de mil árvores e 320 espécies de flores. Desde 2000, o terreno alberga também a Colecção Nacional de Amoras. Ainda entre os destaques está uma rota herbácea, de 156 metros, ao longo da qual se podem observar os plátanos plantados pela rainha Vitória e pelo príncipe Alberto, galeirões, galinhas amarelas, grous e gansos.

O passeio inclui uma passagem pelos coloridos jardins de rosas, que incluem um canteiro plantado em honra da falecida rainha-mãe ou um vislumbre de um relógio solar. Já o acesso a uma ilha no centro de um lago encontra-se vedado de forma a não colocar em perigo as raras gramíneas que nela habitam.

Covid-19 e a quebra das receitas

Desde o início da pandemia de covid-19, os rendimentos de Isabel II provenientes do turismo caíram 53%, sobretudo por causa das restrições nos acessos às propriedades reais: o Palácio de Buckingham e o Castelo de Windsor, em Inglaterra, juntamente com o Palácio de Holyrood, na Escócia, estão entre as residências reais que normalmente estariam abertas aos visitantes. Assim, a facturação real ficou-se nos 9,4 milhões de libras (11 milhões de euros), quando no período homólogo tinha sido de 20,2 milhões de libras (quase 24 milhões de euros).

Quer isto dizer que há muito tempo que a monarquia não ficava tão cara aos contribuintes britânicos que, neste último ano, financiaram a rainha com 85,9 milhões de libras (100 milhões de euros), o que representa uma contribuição individual de 1,29 libras (1,50 euros).

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