Chefe do governo de Hong Kong defende educação patriótica para “corrigir” os jovens “enganados”

Autoridades da região administrativa dizem que os estudantes e jovens se “perderam” nos protestos pró-democracia e denunciam “motivos ocultos” que estão a “debilitar o sentimento de identidade nacional”.

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Carrie Lam defende que “amar o país” é um acto “totalmente justificado” e que trair esse acto é um “crime grave”, JEROME FAVRE/EPA

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, defendeu a necessidade de uma educação patriótica para “corrigir” os valores da população jovem que foi “enganada”.

Citada pela RTHK, Lam sublinhou que a educação baseada nos valores nacionais foi estigmatizada no passado por certos grupos de pessoas com “motivos ocultos” e pelos meios de comunicação social.

Além disso, a líder do executivo da região administrativa especial chinesa acrescentou que algumas atitudes e críticas “debilitaram o sentimento de identidade nacional” entre a população estudantil, com as “graves consequências” que isso acarreta.

Carrie Lam defende que “amar o país” é um acto “totalmente justificado” e que trair esse acto é um “crime grave”, pelo que convidou o sector da Educação a “dar importância” à promoção dos valores patrióticos.

Na mesma linha, o vice-director do Gabinete de Ligação de Pequim em Hong Kong, Tan Tie Niu, falou na sua perplexidade ao comprovar que há jovens que se opõem à sua nação e aos valores que representam e que “caluniam a sua própria raça”.

Tan Tie Niu considera que muitos destes “jovens confusos” “perderam-se” nas ruas de Hong Kong durante os protestos de 2019, contra o governo. Pediu ao executivo que tome a iniciativa e que estabeleça um sistema para promover a educação patriótica, e às escolas para assegurarem que esses ensinamentos “penetrem” no processo educativo.

O objectivo deste projecto educativo é que os estudantes de Hong Kong não se convertam em pessoas que “têm apenas um rosto chinês mas não têm um coração chinês”.

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