Manuel Monteiro: “Há pessoas que não teriam praticado crimes se não tivessem apoio de políticos”

O antigo presidente do CDS entende que “nunca como agora” Portugal “precisou tanto, tanto, tanto, de ser renovado”.

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Manuel Monteiro, ex-líder do CDS Nuno Ferreira Santos

O antigo presidente do CDS-PP Manuel Monteiro afirmou nesta quinta-feira que há pessoas indiciadas por crimes que não os teriam praticado se não tivessem apoio e solidariedade de grandes responsáveis políticos.

“Nós vivemos um dos períodos mais negros da sociedade portuguesa. Todos os exemplos, infelizmente, que nos chegam pelas televisões, pelas rádios e pelos jornais não são bons, não são felizes, são sinais dos tempos negativos de um país onde alguns poucos pensaram que tudo podiam fazer e alguns poucos em conluio com a actividade política e com dirigentes políticos. E isso nós não podemos esquecer”, disse Manuel Monteiro, em Santarém, na apresentação dos cabeças de lista à Câmara e Assembleia municipais.

O ex-dirigente adiantou que não se pode esquecer que há hoje muitas pessoas a serem indiciadas “da prática de crimes e que, provavelmente, não teriam praticado esses mesmos crimes se não tivessem tido o apoio, a solidariedade, o incentivo, a ajuda de grandes responsáveis políticos neste país”.

Sustentando que “nunca como agora” Portugal “precisou tanto, tanto, tanto, de ser renovado”, Manuel Monteiro, que se desfiliou do partido e tornou a filiar-se, defendeu que “a renovação política é essencial” e “essa renovação tem procurado ser protagonizada pelo CDS e, em particular, pelo seu presidente, Francisco Rodrigues dos Santos”.

Para o democrata-cristão, “quanto maior for o empenho que as candidaturas e os militantes do CDS-PP tiverem nestas eleições autárquicas, maior será o contributo para o trabalho que vem sendo desenvolvido pela direcção nacional do CDS tendo em vista a renovação do próprio país”.

No discurso, o antigo líder do partido lembrou Veríssimo Serrão (1925-2020), “figura da cultura de Santarém, é um marco do passado, é um marco do presente e é seguramente um marco do futuro”, para salientar que não se pode esquecer “todas as referências simbólicas e importantes que as terras tiveram”.

“Precisamente, porque isso demonstra a perspectiva de continuidade e não de ruptura que nós conservadores devemos ter e devemos fazer entre aquilo que é saudável no passado, fazendo a distinção entre aquilo que foi saudável no passado e aquilo que foi menos saudável, e essa perspectiva é uma perspectiva que aqui também me quero associar”, acrescentou.

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