“Desalinhamento” entre Governo e Presidente pode ter impacto na pandemia. O que correu mal?

Desde o início que as duas principais figuras do Estado foram gerindo a pandemia com diferentes discursos, o que provocou “um desalinhamento da mensagem política”, cuja “consequência directa é um descrédito por parte da população”. O PÚBLICO falou com especialistas em saúde pública, epidemiologia e psicologia para perceber qual o impacto que tal desencontro tem nos comportamentos dos portugueses.

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Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa têm demonstrado visões distintas na gestão da pandemia Daniel Rocha

Contam-se já mais de 15 meses desde que o país entrou num ritmo de ajuste e reajuste à evolução epidemiológica da covid-19, ora fechando portas, ora anunciando uma nova fase de desconfinamento – muitas vezes a diferentes ritmos, conforme a situação da pandemia em cada região, e a ter de recuar nas decisões. Foi também desde o início que as duas principais figuras do Estado foram gerindo a pandemia com diferentes discursos: enquanto o Presidente da República assumiu um tom mais virado para a preocupação sanitária, o primeiro-ministro focou-se na necessidade de proteger a economia. Mas, no último mês, os papéis inverteram-se e falta uma orientação clara por parte dos responsáveis políticos, numa altura em que o Governo se viu até obrigado a alargar a matriz de risco para acomodar o aumento de casos.

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