Para que os subalternos não falem: a oclusão do património português entre os goeses

Ninguém sabe ao certo como tratar o denominado património português em Goa. A confusão deve-se ao facto de que este património não se refere apenas a alguns monumentos ou práticas do passado, mas é um património vivo e que respira, corporeamente materializado nas pessoas de Goa, como um todo e, particularmente, nos católicos. Isto faz com que se trate de um património volátil e, por isso, muitos esforços académicos têm sido investidos em negá-lo ou rejeitar a sua complexidade.

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Desde que venho a Portugal, é comum perguntarem-me: “Ainda existe algum património português em Goa?” A minha resposta transfere o locus dos artefactos e da língua portuguesa — os marcos privilegiados do património português (para os portugueses metropolitanos) vistos de forma desambígua como originários de Portugal metropolitano — para a população goesa que, na minha opinião, é a principal repositória do património português em Goa.

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