Prevenir para não remediar

As autoridades escocesas identificaram cerca de 2000 adeptos que se tinham deslocado a Londres para assistir ao jogo com a Inglaterra contaminados com a covid. Foi também anunciado que cerca de 300 finlandeses que foram assistir à partida com a Rússia, em São Petersburgo, tinham igualmente contraído a doença.

Era expectável que o Europeu de futebol fosse um foco de contaminações, depois dos festejos, dentro e fora dos estádios, nos países e fora dos países que recebem os jogos, em total desrespeito pelas regras mínimas de protecção à pandemia da covid-19.

Em Portugal, os clubes de futebol e de outras modalidades já começaram a regressar ao trabalho. Muito em breve, arrancam as diversas Ligas e as competições europeias e é esperado que o público já possa regressar aos estádios e pavilhões desportivos, até porque a pressão dos clubes sobre o Governo sobe de tom de dia para dia.

Adivinhando-se, pois, o regresso dos adeptos às bancadas, era bom que os responsáveis pelo Ministério da Educação, que tutela o desporto, as autoridades de saúde e os responsáveis pelos clubes e pelo desporto se sentassem a uma mesa e definissem rapidamente como o fazer. Qual a margem de ocupação dos recintos, que garantias têm os adeptos de dar, quem vai fiscalizar, e, igualmente muito importante, que sanções serão aplicadas a quem violar as regras.

Tem de haver respostas rápidas para estas e outras perguntas, porque a covid-19 vai continuar a andar aí e, pelo que têm revelado os factos dos últimos dias, cada vez mais agressiva.

Como diz o ditado popular, mais vale prevenir que remediar. E remediar, neste caso, seria voltar a fechar as portas.

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