Xi Jinping diz que povo chinês nunca permitirá opressão ou domínio de forças estrangeiras

Num discurso, Xi Jinping enalteceu o Partido Comunista Chinês e afirmou que quem tentar confrontar a China vai colidir com uma “grande parede de aço forjada por mais de 1,4 mil milhões de chineses”.

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O Presidente chinês, Xi Jinping, discursou na praça de Tiananmen durante as comemorações do centenário do Partido Comunista Chinês CARLOS GARCIA RAWLINS/Reuters

O Presidente da China, Xi Jinping, afirmou esta quinta-feira que “o povo chinês nunca permitirá que qualquer força estrangeira abuse, oprima ou subjugue” o país, que “nunca o fez e nunca o fará”, na celebração do centenário do Partido Comunista Chinês (PCC).

"Vamos trabalhar para salvaguardar a paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global e preservar a ordem internacional”, declarou Xi Jinping, ao discursar na icónica praça Tiananmen, no centro de Pequim, para comemorar os 100 anos da fundação do PCC.

O também secretário-geral do partido acrescentou, perante cerca de 70 mil pessoas, que “ninguém deve subestimar a determinação, forte vontade e extraordinária capacidade do povo chinês para defender a soberania”.

"Quem tentar, vai esbarrar numa grande parede de aço forjada por mais de 1,4 mil milhões de chineses”, disse Xi, levando a praça a uma ovação.

Num discurso que durou mais de uma hora, precedido por uma salva de cem tiros, Xi Jinping referiu-se também a Taiwan, que tem um governo próprio desde os anos 1940: “Resolver a questão de Taiwan e conseguir a reunificação completa da China é uma missão histórica e um compromisso inabalável do PCC”.

"Devemos tomar medidas resolutas para derrotar completamente qualquer tentativa de “independência de Taiwan” e trabalhar em conjunto para criar um futuro brilhante para o rejuvenescimento nacional”, disse o Presidente chinês. Também foi garantida a estabilidade social em Hong Kong, protegendo ao mesmo tempo a segurança e soberania da China.

Xi adiantou que “a China vai fornecer às suas forças armadas uma maior capacidade e meios mais fiáveis” para salvaguardar e preservar a dignidade nacional, a soberania e os interesses de desenvolvimento do país.

"Temos de acelerar a modernização da defesa nacional. Um país forte deve ter um exército forte”, disse o também presidente da Comissão Militar Central chinesa, que domina as três forças do regime comunista (Estado, Partido e Exército).

Xi salientou a causa do “rejuvenescimento da China”, com a qual os líderes do país justificam o exercício do poder: “Trata-se de um processo histórico irreversível. O PCC e o povo chinês mostraram ao mundo que a nação chinesa saúda o advento de um grande salto: de pé para uma prosperidade modesta e uma força nascente”.

Xi disse ainda que sem o partido não haveria China, uma vez que o PCC “transformou profundamente o desenvolvimento da nação chinesa”.

O PCC festeja o 100º aniversário da sua fundação com grandes comemorações e medidas de segurança apertadas, alargadas a todo o país.

A capital foi decorada com grandes instalações florais, bandeiras nacionais em frente às portas das casas e cartazes vermelhos a lembrar o evento. Outras cidades vão assistir a espectáculos de luzes, ao vivo e fogo-de-artifício a marcar o aniversário.

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